A importância dos brevês, distintivos, brasões e simbologia

Um dos assuntos que faz parte de muitas instituições refere-se a utilização de distintivos e brevês. Antes de dar continuidade sobre o assunto precisamos entender o que é a simbologia, que é a ciência que estuda a origem, a interpretação e a arte de criar símbolos. Todas as sociedades humanas possuem símbolos que expressam mitos, crenças, fatos, situações ou ideias, sendo umas das formas de representação da realidade.

A  simbologia é aplicada  para identificar  os diferentes elementos de algum âmbito. Neste sentido, pode-se falar, por exemplo, da simbologia de um país diz respeito a todos os símbolos que permitem refletir a identidade nacional. O hino nacional, a bandeira e o escudo são exemplos de símbolos que fazem parte da simbologia de um país.

Nas Forças Armadas e Policiais também utilizam símbolos, escudos, brasões, distintivos e brevês que marcam a existência dessas Unidades e congregam seus integrantes a seguir a filosofia de trabalho representada nos símbolos, orações e canções utilizadas. Desta forma é mantido um respeito e também conserva a parte histórica de unidade ou instituição. Sem contar o regulamento de uniformes RUE, que regulamenta a utilização correta na farda.

RUE -Regulamento de Uniformes do Exercito.
 
Os distintivos de cursos são símbolos representativos de ciclos de estudos, treinamentos e cursos efetuados pelo operador de segurança pública em qualquer época, em estabelecimentos de ensino, instituições militares, centros de formação ou em empresas especializadas no treinamento policial, as características e forma de cada distintivo demostra o grau de profissionalização de quem os ostenta.

Alguns especialitas em simbologia garantem que os distintivos e brevês tem uma importância fascinante e alimentam a motivação dentro da tropa. Tanto que em algumas corporações existem regras sobre a utilização e também o regulamento visa dar a importancia devida a cada simbolo. Em algumas unidades existe um espaço na parede reservado para exibir os cursos que os integrantes participaram em outras instituições, tal fato demostra o grau de importância que todos dão aos símbolos e brevês e também na participação de cursos.

O assunto merece destaque quando falamos sobre os distintivos de cursos. O brevê é o meio de comunicação mais rápido de identificação, sua importancia é vital para a corporação e principalmente para quem está ulitizando, sem contar no orgulho em carregar no peito determinados brevês de alguns cursos, cito, por exemplo, o curso que é privelegio de poucos a conclusão que é o “operações especiais” ou de “ações e táticas especiais” que duram semanas ou meses.

O profissional de Operações Especiais é um indivíduo tido como referencial, seja no aspecto operacional, disciplinar ou instrucional. Ostentar no uniforme um símbolo contendo uma “Caveira” ou qualquer outro curso, não quer dizer que o profissional será violento, arbitrário com qualquer pessoa. Muito pelo contrario mostra que tal instituição tem profissionais especializados.

Quando você encontra alguém fardado ou uniformizado que utiliza alguns brevês, logo consegue identificar e distiguir o profissional de segurança. Sem contar que no peito ele carrega um pouco da sua história profissional, cada curso realizado, as dificuldades e esforço, os momentos marcantes e até divertidos compartilhados com o turno. Conseguimos identificar o grau de conhecimento e dedicação daquela pessoa.

Entre as corporações o que é necessário e existir um regulamento adequado  sobre a utilização, senão o profissional que sente o orgulho de utilizar inumeros brevês acaba sendo motivo de gozação com seus pares. Deve existir um padrão para utilizar um numero determinado de brevês no peito e distintivos de braços (manicacas)  de especialização, para o profissional ser respeitado entre seus pares o bom senso é fundamental.
 

Siderley Lima, Supervisor da GCM de Jandira,  é consultor de segurança, pós graduando em MBA de Consultoria Empresarial, formado em Gestão de Segurança, Diplomado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra, colaborador do CONSEG Alphaville. colunista do jornal Viva Cidade, idealizador do blog sobre segurança http://gestorsegurancaempresarial.blogspot.com/; Colunista do site www.dicaseg.com; Membro da ABSEG- Associação Brasileira de Profissionais de Segurança; Palestrante, Proprietário da CS3 Consultoria e Assessoria em Segurança patrimonial; coordenador do curso de formação de instrutor de armamento e tiro. Autor dos Livros “ Manual Básico do Instrutor de Armamento e tiro – Sobrevivência Policial no Confronto Armado – Manual de Segurança Preventiva.

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