quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Tablets e smartphones tornam-se aliados da segurança pública



















O uso da tecnologia vem ajudando policiais eguardas municipais
a transmitir, cadastrar e verificar informações em tempo real, o que
 torna a fiscalização mais ágil e simplificada em diversos lugares do Brasil.

No Rio Grande do Sul, a Polícia Civil recebeu no início de setembro 
29 tablets para auxiliar no combate à criminalidade. Onze deles 
foram distribuídos entre as equipes da 1ª Delegacia de Polícia de
 Pronto Atendimento (DPPA) da capital gaúcha, com custo de R$ 17 
mil. Segundo o delegado titular Márcio de Jesus Zachello, a implantação
 dos equipamentos está na fase final. "Estamos fazendo treinamento
 para que, no máximo, em 1° de outubro, os policiais estejam 100% 
aptos e o sistema, sincronizado", diz.

O sistema desenvolvido pelo Gabinete de Inteligência e Assuntos 
Estratégicos (GIE) da Chefia de Polícia, chamado e-Crimes, permite 
emitir o relatório diretamente do local do crime, incluindo dados 
georreferenciados e acompanhados de fotos e vídeos. "Além de
 conseguir produzir um relatório com mais qualidade, é possível 
inserir as informações diretamente no sistema e, a partir daí, 
estar livre para atender a outra ocorrência", descreve Zachello. 
Também é possível, segundo o delegado, fazer a verificação de 
veículos irregulares e foragidos diretamente do local da ocorrência.

Em São Paulo, o uso de tablets pela Polícia Militar foi anunciado
 em 2011 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB). Mais de 11
 mil aparelhos foram adquiridos por R$ 25 milhões, mas, em
 abril deste ano, grandes jornais do estado noticiaram o mau
 funcionamento dos produtos. A assessoria de imprensa da PM,
 contudo, informa que não foi detectado nenhum problema nos tablets 
e que eles seguem sendo utilizados pelos oficiais da corporação.

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) também testa,
 desde o fim do ano passado, a utilização de tablets para agilizar o 
processamento das ocorrências. Segundo o subsecretário de tecnologia
 da Secretaria de Estado de Segurança (Seseg-RJ), Edval Novaes,
 são cerca de 1,5 mil aparelhos distribuídos em viaturas da região
 metropolitana da capital fluminense, um investimento de quase 
R$ 7 milhões. O uso dos terminais vem substituindo as consultas 
via rádio para checar veículos irregulares ou lista de foragidos, 
além de informatizar o cadastramento das ocorrências. A intenção,
 segundo o subsecretário, é adaptar o sistema e ampliar o projeto para 
o restante do estado.

No Batalhão de Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina (BPMRv), 
três tablets chegaram a ser utilizados entre novembro do ano passado 
e março deste ano em operações realizadas na capital, Florianópolis. 
O órgão, contudo, teve de suspender a utilização até obter homologação
 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para o sistema. 

Com o uso de uma impressora sem fio, os oficiais poderão expedir o 
auto de infração de trânsito em talonário eletrônico, além de cadastrar 
as informações em tempo real e verificar as restrições de veículos 
diretamente no sistema. "A autuação é mais rápida, e o processo se 
torna mais preciso e confiável", diz o chefe de operações do BPMRv, 
Major Marcelo Pontes. Segundo ele, a aquisição de mais 25 dispositivos 
para ampliar o projeto já está em fase de licitação.

Guardas Municipais também experimentam a tecnologia
Algumas guardas municipais também empregam a tecnologia a 
serviço da segurança pública. A Guarda Municipal de Canoas, na região 
metropolitana de Porto Alegre, conta com 10 tablets, um para 
cada unidade. A implementação dos equipamentos ocorreu no fim de
 fevereiro deste ano, após a fase de testes iniciada em outubro de 2011.
O desenvolvimento do sistema custou R$ 13 mil e foi concebido em 
conjunto com o Observatório de Segurança Pública da cidade, e a 
manutenção mensal é de R$ 800. Os tablets foram fornecidos por uma
 empresa de telefonia celular, dentro do contrato já firmado com o município.

O novo sistema de registros permite a criação de um banco de dados 
para mapear problemas, verificar áreas mais complicadas e agir de 
acordo com o tipo de ocorrência. Para o diretor-geral da Guarda Municipal, 
Luiz Carlos Bortolli, a iniciativa vai dar transparência e proporcionar 
melhor fiscalização das operações. "Será possível fazer o intercâmbio
 funcional das operações em tempo real", salienta.

Entre março e junho, foram realizados 11 mil atendimentos com o 
novo sistema. "São realizados amparos, prestação de serviços, prevenção 
da violência e identificação de pontos que podem ser perigosos", descreve 
o secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Eduardo 
Pazinato. Os guardas ainda podem solicitar, de maneira
 informatizada, a intervenção de outros órgãos municipais. Para
 colocar o sistema em prática, um guarda de cada unidade ficou
responsável pela replicação do uso da ferramenta, e mensalmente são 
promovidos cursos de revisão.

No Rio de Janeiro, as Unidades de Ordem Pública (UOPs) da Guarda
Municipal operam com um sistema integrado de comunicação via 
smartphone, formado pelo aplicativo GMmobile e por um mapa 
operacional. A tecnologia foi desenvolvida pela Diretoria de Pesquisa 
e Desenvolvimento Tecnológico da GM-Rio (DDT), em parceria com
o Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de
Engenharia (COPPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 
Originalmente criado para a plataforma Microsoft Windows Mobile, o 
aplicativo já possui versão para Android e roda nos cinco modelos
 de aparelho utilizados pela Guarda

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