Entrevista termina com uma confissão de Lula: ‘A política é minha paixão’ | Foto: AFP




Ex-presidente fala do escândalo de seu governo
 em entrevista publicada ontem no jornal americano 
‘The New York Times’
Rio -  O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em
 entrevista publicada ontem no jornal americano ‘The New 
York Times’: “Eu não acredito que o Mensalão existiu.” Mas,
 falando sobre o julgamento dos réus envolvidos no escândalo 
de seu governo, Lula afirmou que vai respeitar a decisão do 
Supremo Tribunal Federal (STF) e admitiu: “Se alguém for 
considerado culpado deve ser punido, e se alguém for 
considerado inocente deve ser absolvido”.


Segundo a reportagem, Lula explicou que seu
governo não precisaria “comprar  votos” 
de parlamentares porque ele
 tinha maioria no Congresso. Ao 
explicar como funcionava
 o esquema que veio à tona em
 2005, o jornal

 americano 
chama a Justiça brasileira de “lenta
” porque só agora o 
julgamento começou no STF.
O NYT faz referência à denúncia 
do ministro o STF, que disse ter 
sido pressionado por Lula a 
adiar o julgamento. E informa que o
 ex-presidente disse que a 
afirmação do ministro era falsa. Para o
 jornal, o julgamento é uma das dificuldades 
mais sérias que Lula 
e o PT já enfrentaram

Sobre a possibilidade de a presidenta Dilma 
Rousseff sair de
 cena para que ele se candidate em 2014,
o petista foi 
categórico ao jornal: “Dilma é minha 
candidata e, se Deus quiser, ela vai ser reeleita”.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso
 (PSDB) também 
foi entrevistado pelo NYT e chamou Lula
de “encantador de serpentes”.