domingo, 29 de julho de 2012

Ministério Público Federal quer afastamento do comando da PM de SP


A alegação é de que a situação está fora de controle e 
medida será apresentada em audiência na 5ª; família
 de publicitário morto foi convidada - Bruno Paes Manso, 
O Estado de S. Paulo
Rua Bela Cintra. Ladrões entraram quando um morador abriu o portão da garagem - Andre Lessa/AE
Andre Lessa/AE


















O Ministério Público Federal (MPF) quer entrar com uma 
ação civil pública pedindo o afastamento do comando 
da Polícia Militar alegando a perda do controle da
 situação. A medida vai ser apresentada na quinta-feira, 
26, em audiência pública organizada pelo órgão, em parceria 
com a Defensoria Pública do Estado, o Conselho Estadual 
dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) e pelo 
Movimento Nacional de Direitos Humanos. (...)


Segundo o procurador da República Matheus Baraldi 
Magnani, a Justiça Federal pode atuar quando tratados 
e convenções internacionais são desrespeitados, como 
aqueles assinados pelo Brasil se comprometendo em 
garantir direitos individuais.
"A ideia é também apresentar uma representação ao 
Procurador-geral pedindo a intervenção federal no Estado. 
São medidas que ajudam a retirar a sensação de poder e de 
corpo que vem garantido a impunidade e permitindo ações 
violentas por parte da Polícia Militar", afirmou o procurador Magnani.
Outra medida que a ação pretende cobrar na Justiça para 
garantir a preservação de direitos humanos está a proibição
 da prisão em flagrante para casos de "desacato à autoridade". 
"Muita arbitrariedade tem sido cometida pelas autoridades 
por causa de supostos desacatos", afirma.
Audiência. A proposta da ação vai ser feita na quinta-feira, 
durante a audiência pública. Segundo a defensora 
pública Daniela Skromov de Albuquerque, o objetivo do
 encontro é chegar a ações concretas que sirvam para
coibir a violência policial. "O caso do publicitário (Ricardo
 Prudente de Aquino, de 39 anos, morto na semana 
passada por Policiais Militares durante abordagem 
desastrosa em Pinheiros) não foi acidente. Foi resultado
 de um problema estrutural na Polícia Militar, que levou 
a essa tragédia", afirmou a defensora.
A família do publicitário Ricardo Prudente de Aquino e 
comandantes da Polícia Militar de São Paulo foram 
convidados para acompanhar a audiência.
Procurado para comentar o caso, o comando da 
Polícia Militar não havia se manifestado até as 20 horas 
desta terça-feira, 24.

Fonte: Estadão

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