São Caetano terá mais 110 guardas civis municipais

ÉDISON MOTTA


A proximidade do Natal e a inauguração do ParkShopping São Caetano, estão causando preocupação quanto à segurança pública em São Caetano. Os esforços das autoridades ainda não são percebidos pela população, que se mantém com a sensação de insegurança, especialmente em relação ao número de roubos, furtos e assaltos que acontecem na cidade, apesar dos índices terem diminuído segundo as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado. A mais recente pesquisa da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul) revela que a população da Região do ABC, continua se sentindo insegura. Para a Segurança, os pesquisados atribuíram nota 4, 2, quando convidados a atribuírem notas de zero a dez. O REPÓRTER ouviu o secretário municipal de Segurança, Moacyr Rodrigues sobre o assunto questionando inclusive a possibilidade de implantação do adicional por atividade delegada. O secretário não é contra mas tem encontrado obstáculos e espera ter medidas que incluam também a GCM (Guarda Civil Municipal).


ABC REPÓRTER - Qual o efetivo atual da Guarda Civil Municipal. O prefeito nos informou que autorizou a contratação de novos guardas civis municipais. Quando eles serão incorporados?
Moacyr Rodrigues - Hoje contamos com cerca de 340 GCMs. Boa parte deles trabalha em regime de expediente, fazendo segurança em próprios públicos. Outra, em serviços específicos (Ronda Escolar, Romu, Rotam, etc.). Serão aproximadamente 110 novos GCMs que passarão pelo curso de formação, de acordo com exigência da Senasp, que tem duração aproximada de 3 meses.


REPÓRTER - Qual é a frota de viaturas da GCM - carros, motos, etc.?
Rodrigues - Temos 30 veículos Ágile; mais 5 Blazers, 12 bykes, 3 bases móveis. Contamos também com rádios Hts e 60 Câmeras de Monitoramento no Centro de Gerenciamento de Emergências.


REPÓRTER - Como funciona a interação entre a GCM, a Polícia Militar e a Polícia Civil?
Rodrigues - A integração com as demais forças de segurança tem sido efetiva. Recentemente realizamos uma reunião conjunta no Centro de Gerenciamento de Emergências, preparatória da 2ª reunião do Gabinete de Gestão Integrada, que deve acontecer em breve. Estiveram presentes o comandante local da Polícia Militar, o delegado titular de Polícia, a comandante do Corpo de Bombeiros, o secretário de Controle Urbano, a secretária de Educação, o representante da Defesa Civil, dentre outros e, na oportunidade, discutiram ações integradas, que devem ser levadas a efeito desde logo, visando coibir o tráfico de drogas e alcançar a paz pública, além de grande campanha de resgate da civilidade e da cidadania.


REPÓRTER -Por que a GCM não realiza blitzes na cidade? Por que não as faz acompanhada da PM e Polícia Civil?
Rodrigues - A GCM sozinha não pode realizar blitz. Mas estão sendo programadas em conjunto com PM, Polícia Civil e outras secretarias, também para coibir os abusos da madrugada.
REPÓRTER - A área do entorno do Hospital São Caetano, no Bairro Santo Antonio, seguindo até o final da rua é das mais problemáticas da cidade. Entretanto, nunca vimos nenhuma atividade diferenciada da GCM no local. Por que a CGM não faz um trabalho de "inteligência" na área?
Rodrigues - Essa informação é equivocada. O trabalho de inteligência é realizado constantemente. Existem pontos muito mais críticos do que este. Ações da GCM se desenvolvem, dentro das suas possibilidades, em toda a cidade, inclusive no bairro Santo Antonio. Bem próximo dali há um cidadão que nos fornece relatórios mensais dos inúmeros horários em que viaturas da GCM passam pelo local. Não devemos ignorar, também, que a GCM tem um papel de polícia patrimonial, estando em diversos locais, dando proteção ao cidadão.


REPÓRTER - Como são usados os apontamentos das reuniões do Conseg?
Rodrigues - Os apontamentos das reuniões do Conseg, tanto quanto do Cosem, também são utilizados no trabalho de inteligência. Em inúmeras reuniões a atuação da GCM tem sido muito mais elogiada do que criticada