segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Londres e São Paulo – Revolta e Descaso


Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito
Os noticiários em todas as mídias têm
divulgado o caos vivido em Londres na Inglaterra,
a motivação da revolta popular seria a morte
Mark Duggan em ação da Polícia Metropolitana
Londrina, que para as testemunhas era inocente.

em São Paulo, o caos é um misto da
mesmice e indiferença da população e das
autoridades públicas, pois os
números da violência são absurdos,
chegando ao ponto de termos num período de 24 (vinte quatro)
horas 05 (cinco) pessoas mortas por ação criminosa, retratado
na matéria “SP registra 5 latrocínios em 24 horas”, publicada
no Portal Estadão, porém para o poder público numa
inovadora análise sobre a criminalidade, essas pessoas
morreram e não foram mortas, o que é algo totalmente
diferente para esses sábios.

As inovações dos criminosos são cada vez mais surpreendentes,
agora temos o arrastão das meninas, como ficou o conhecido
o grupo que tirou o sossego dos comerciantes do Bairro da
Vila Mariana, comprovando que o crime não tem idade na
República Tupiniquim.

O Governo do Estado, bastião de segurança pública, nos
acalma proferindo que são casos isolados e que tudo está
sob controle, que já acionou as autoridades “competentes” e
que em breve teremos a volta da tranqüilidade nesses
locais, pois os índices da violência tem diminuído, os
indicadores são claros, a atividade delegada é um sucesso,
há mais policiais nas ruas e que isso é o reflexo do
trabalho desenvolvido nas diversas ações.

Enquanto, isso 62% das escolas estaduais registram casos
de violência, sendo meta do Governo Estadual reduzir este
índice para 52% até 2015, com custo aproximado ao
erário de R$ 573 milhões, para promoção de ações de
parcerias entre comunidade e a sociedade civil, fato abordado
no Portal do Jornal da Tarde, ou seja, recursos da
educação ou da segurança serão destinados a ações subjetivas,
pois deveríamos pensar na evasão, nos processos de aprendizado
e avaliação, da jornada, valorização dos professores,
adequação das instalações e principalmente em impor regras
de convívio algo que inexiste nas escolas públicas brasileiras,
que sofrem interferência de tudo e de todos, se distanciando
cada vez mais de seu papel enquanto instituição.
Ná última sexta-feira (05/08), por volta das 05h30, na Estação
Artur Alvim do Metrô, as composições permaneceram sem
circular por aproximadamente 20 minutos, ocasionando transtornos
a maioria dos usuários, o motivo apresentado para o problema
foi a baixa temperatura da manhã, nós paulistanos estamos
acostumados com o fator chuva, quando o tráfego fica lento
até no transporte sobre trilhos, mas o frio é novidade,
impressionante é niguém pensar que poderia ser um problema
de falta de manutenção.

Em qualquer sociedade desenvolvida a cobrança pela ineficiência
dos serviços públicos atinge aqueles que têm o dever de
promover políticas públicas em prol da maioria, que num quadro
absurdo como o descrito colocariam seus cargos a disposição
por sua incompetência ou seriam destituídos pela força
popular, mas na República de Bananas provavelmente
concorrerão aos cargos eletivos da sucessão municipal de
2012 para tentarem engajar na farra da Copa do Mundo de
2014 paga pelo erário público.

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