Monday, 25 July 2011 11:01 |
Foram habitar um lugar absolutamente afastado onde as poucas famílias viviam em irmandade e todos se conheciam. Pois bem, mesmo ali os conflitos foram se instalando e ocorreu um violento crime, a ponto de alguns dos moradores questionarem a utilidade da extrema atitude. É preciso compreender que os conflitos sociais são "próprios da sociedade", por mais diminuto que seja o grupo. Tais conflitos, não existiram apenas enquanto Robinson Crusoé viveu sozinho na ilha, quando o índio sexta-feira chegou tudo mudou. Quanto maior o grupo maiores serão os problemas, pois numa visão cósmica, cada cabeça contempla um universo, com seus anseios, seus conflitos e suas incertezas. Pessoas que praticam crimes vivem em todas as castas sociais, a tese do médico italiano Lombroso, pela qual o sujeito já nascia criminoso, de há muito foi superada "em parte". O homem na sua infinita arrogância, não compreende que a diminuição da violência está nos freios sociais e humanos. Se isso tudo for positivo, mesmo assim não há garantia nenhuma de que o sujeito não vá cometer algum deslize, agora imagine se esses instrumentos forem falhos . Não adianta portanto fugirmos para lugares menores e "mais sossegados" ou "mais protegidos". A polícia funciona como a longa manus do Estado na atuação imediata das questões da Segurança Pública, primeiro a Polícia Militar com sua presença ostensiva para evitar o crime e depois a Polícia Judiciária que de forma velada trabalha para estabelecer autoria e materialidade, entretanto, o espectro do delito não se cinge apenas a esses dois momentos, é muito mais amplo, ele ocorre em várias outras oportunidades , onde a polícia não tem nenhuma ascensão ou penetração. Ninguém se torna um delinquente porque um belo dia acorda e resolve que vai ser assim, definitivamente não, trata-se de uma situação que vai se "construindo" com o passar do tempo, apoiada na falta de estrutura familiar, religiosa, educacional, econômica etc. Pensemos numa pneumonia instalada: a polícia seria o xarope para tirar aquela tosse incômoda e irritante, mas não é só isso, temos o comportamento da pessoa que deve ser alterado, os antibióticos e os demais cuidados para não pegar friagem, enfim, trata-se de um complexo de atitudes e cuidados para curar a doença. Com a segurança é a mesma coisa. A "solidariedade sistematizada" (tema que discutirei em outro artigo) está para a Segurança Pública assim como a assepsia está para a medicina, esta demorou milhares de séculos para descobri-la, não é possível que a Segurança Pública (Sociedade Organizada) demore outro tanto para avistar a "solidariedade sistematizada" tanto a falta de uma como da outra já causou mortes o suficiente, ou não ? Fonte: Parana Online |
domingo, 31 de julho de 2011
Soluções para a Segurança Pública II
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