quarta-feira, 27 de julho de 2011

São Paulo reduz homicídios em 12%, mas latrocínios crescem 20%


Tuesday, 26 July 2011 00:39



Estado de São Paulo teve menos homicídios dolosos

do que o primeiro semestre do ano passado.

Capital reduziu esse crime em 28,79%

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São

Paulo divulgou nesta segunda-feira os números da

criminalidade no Estado no primeiro semestre de 2011.

Em relação aos crimes considerados mais graves,

os homicídios dolosos (com intenção de matar)

registraram queda de 12,2% em relação aos seis

primeiros meses de 2010. Já os latrocínios (roubo

seguido de morte) aumentaram em 2011, com 27 casos

a mais que no ano passado.

De acordo com a SSP, a queda no número de

homicídios dolosos no semestre representa 278 mortes

a menos do que o registrado no mesmo período do

ano passado, quando houve 2.278 casos. Mantida

a tendência verificada desde o começo do ano, a

estimativa é de que São Paulo encerre 2011 abaixo

da chamada zona de epidemia, classificada pela

Organização Mundial de Saúde (OMS) quando

há 10 ou mais homicídios por grupo de 100 mil

habitantes/ano. A estimativa com os números obtidos

até o momento é de taxa de 9,60/100 mil habitantes.

No Brasil é de 25/100 mil habitantes.

Pela manhã, o governador Geraldo Alckmin (PSDB)

comemorou a queda nos homicídios. "É o menor índice

dessa série histórica", afirmou durante visita ao 31.º

Distrito Policial (Vila Carrão), na zona leste da capital

paulista. "Esse índice vem caindo há dez anos

graças a uma política pública bem executada", observou

o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto.

Apesar da redução no número de homicídios, o

balanço também mostrou outra tendência que já era

verificada nos últimos meses no Estado: o aumento

no número de roubos seguido de morte. No primeiro

semestre de 2011, foram 27 latrocínios a mais do

que no mesmo período do ano passado, quando

foram registrados 134 casos. O aumento para 161

casos representa 20% de aumento.

Sobre o crescimento dos casos de latrocínio, o

secretário afirmou: "Houve um aumento que nos

preocupa e estamos estudando, colocando policiamento

onde há maior incidência desse crime." Segundo

a Secretaria de Segurança Pública (SSP), este tipo

de crime está recebendo atenção especial

das polícias paulistas.

Capital

De acordo com os números divulgados, a capital

paulista deu decisiva contribuição para a redução dos

homicídios dolosos no Estado e lidera a redução de

mortes intencionais, com recuo de 28,79% em relação

ao primeiro semestre do ano passado. De janeiro

a junho de 2011, foram 190 casos a menos: 660 no

primeiro semestre de 2010 contra 470 em igual

período de 2011.

A cidade de São Paulo também registrou aumento

no número de latrocínios até a metade de 2010. No

primeiro semestre de 2011 ocorreram cinco latrocínios

a mais do que no mesmo período do ano passado.

Outros números

Três modalidades de crime contra o patrimônio

voltaram a cair no primeiro semestre do ano no

Estado: os roubos em geral, roubos de carga e as

extorsões mediante sequestro. Os roubos de carga

caíram 3,8% no primeiro semestre deste ano, com

132 casos a menos. Foram registrados 3.345 até

junho, contra 3.477 em igual período do ano passado.

As extorsões mediante sequestro também apresentaram

queda no semestre. De janeiro a junho deste ano foram

apontados 12 casos a menos - o que representa

uma redução de 26,09%. Os roubos a banco caíram

15,89% no acumulado dos últimos 12 meses. De

julho de 2010 a junho de 2011, foram registradas

217 ocorrências, contra 258 de julho de 2009

a junho de 2010.

No mesmo período analisado, os furtos de veículos

aumentaram em 7,77%, enquanto os roubos de

carros cresceram 9,77%.

A SSP atribui a contínua redução das mortes intencionais

em todo o Estado "à investigação, identificação e

prisão dos autores de homicídios, à melhoria da

gestão policial, com o aumento do número de policiais

militares nas ruas, ao recolhimento de armas ilegais

e ao investimento do Estado em segurança pública,

inteligência policial e tecnologia da informação".

Nenhum comentário:

Postar um comentário