A Guarda Civil Municipal (GCM) realizou na tarde desta terça-feira, uma demonstração sobre os riscos pelo uso de cerol aos alunos que fazem parte da Patrulha da Paz. O objetivo é fazer com que os alunos sirvam como multiplicadores do conceito de não utilização de cerol.
Os agentes procuraram demonstrar os grandes riscos no uso de cerol, evitando assim acidentes, tendo em vista que no mês de julho, durante as férias escolares, aumenta o número de jovens que soltam pipas e papagaios, muitas vezes usando esta perigosa forma de material.
Foi explanado o risco de se usar cerol, que já causou muitos acidentes graves envolvendo, principalmente, motociclistas e ciclistas. Também foi citada a Lei Municipal sobre o tema, bem como a ação de fiscalização.
O comandante da GCM, Paulo Renato, ressaltou que durante o dia foi realizado uma blitz pela cidade com a finalidade de coibir o uso desse material e várias apreensões foram feitas. Revela que a fiscalização aumenta nessa época do ano em razão das brincadeiras com pipas acontecerem em maior volume e algumas pessoas adicionam cerol na linha.
“Nossa intenção não é tirar o lazer ninguém, mas as pessoas têm que entender que soltar pipa com linha de cerol é perigoso e proibido. Por isso, nossos agentes estarão patrulhando por diferentes pontos da cidade para coibir os abusos”, alertou o comandante.
Uma brincadeira perigosa
Não há uma estatística precisa, mas, segundo os levantamentos da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM), acontecem cerca de 100 casos por ano no Brasil, de acidentes envolvendo linhas com cerol, sendo que 50% são graves e 25% fatais.
A conhecida mistura de cola e vidro moído é usada para cortar a linha dos “adversários”, podendo causar ferimentos ou mesmo levar à morte as pessoas que estiverem nas imediações. Ciclistas e motociclistas são os mais vulneráveis já que os ferimentos acontecem geralmente na altura do pescoço ou rosto das vítimas.
Durante o acidente, o vidro moído ou pó de ferro, colado à linha, exerce forte pressão sobre o tecido humano, havendo elevado coeficiente de atrito. Considerando que a superfície de contato é muito pequena, ou seja, reduzida à espessura da linha, o ponto de pressão é muito concentrado e os cortes são inevitáveis. Exemplo dos riscos de um acidente deste tipo é a vítima ter uma artéria ou veia do pescoço seccionada o que lhe pode causar forte hemorragia e matar em minutos.
Existe também a chamada linha chilena que é feita de material ainda mais resistente e que tem poder de corte maior do que as linhas convencionais.
Independentemente do tipo de “cortante” utilizado, pode haver implicações legais que recaem sobre sua fabricação, comércio e utilização, dependendo-se da análise de um caso concreto, tais como a exposição da vida e da integridade física de terceiros às linhas com tais substâncias (fato que se enquadra no artigo 132 do Código Penal), chegando-se até as lesões corporais (artigo 129, do Código Penal) ou homicídios (artigo 121, do mesmo código).
Os agentes procuraram demonstrar os grandes riscos no uso de cerol, evitando assim acidentes, tendo em vista que no mês de julho, durante as férias escolares, aumenta o número de jovens que soltam pipas e papagaios, muitas vezes usando esta perigosa forma de material.
Foi explanado o risco de se usar cerol, que já causou muitos acidentes graves envolvendo, principalmente, motociclistas e ciclistas. Também foi citada a Lei Municipal sobre o tema, bem como a ação de fiscalização.
O comandante da GCM, Paulo Renato, ressaltou que durante o dia foi realizado uma blitz pela cidade com a finalidade de coibir o uso desse material e várias apreensões foram feitas. Revela que a fiscalização aumenta nessa época do ano em razão das brincadeiras com pipas acontecerem em maior volume e algumas pessoas adicionam cerol na linha.
“Nossa intenção não é tirar o lazer ninguém, mas as pessoas têm que entender que soltar pipa com linha de cerol é perigoso e proibido. Por isso, nossos agentes estarão patrulhando por diferentes pontos da cidade para coibir os abusos”, alertou o comandante.
Uma brincadeira perigosa
Não há uma estatística precisa, mas, segundo os levantamentos da Associação Brasileira de Motociclistas (ABRAM), acontecem cerca de 100 casos por ano no Brasil, de acidentes envolvendo linhas com cerol, sendo que 50% são graves e 25% fatais.
A conhecida mistura de cola e vidro moído é usada para cortar a linha dos “adversários”, podendo causar ferimentos ou mesmo levar à morte as pessoas que estiverem nas imediações. Ciclistas e motociclistas são os mais vulneráveis já que os ferimentos acontecem geralmente na altura do pescoço ou rosto das vítimas.
Durante o acidente, o vidro moído ou pó de ferro, colado à linha, exerce forte pressão sobre o tecido humano, havendo elevado coeficiente de atrito. Considerando que a superfície de contato é muito pequena, ou seja, reduzida à espessura da linha, o ponto de pressão é muito concentrado e os cortes são inevitáveis. Exemplo dos riscos de um acidente deste tipo é a vítima ter uma artéria ou veia do pescoço seccionada o que lhe pode causar forte hemorragia e matar em minutos.
Existe também a chamada linha chilena que é feita de material ainda mais resistente e que tem poder de corte maior do que as linhas convencionais.
Independentemente do tipo de “cortante” utilizado, pode haver implicações legais que recaem sobre sua fabricação, comércio e utilização, dependendo-se da análise de um caso concreto, tais como a exposição da vida e da integridade física de terceiros às linhas com tais substâncias (fato que se enquadra no artigo 132 do Código Penal), chegando-se até as lesões corporais (artigo 129, do Código Penal) ou homicídios (artigo 121, do mesmo código).
Celso Quinzote Junior
Botucatu/SP
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