Folha de S.Paulo
Sai de cena o brutamontes, aquele guarda-costas tipo "armário", e assume o posto um agente discreto, com boa formação, bilíngue e salário de R$ 12 mil por mês.
A demanda por novos perfis de profissionais é ditada por um setor que se modernizou. "O mercado ficou mais exigente e o segurança precisou evoluir para acompanhar os novos tempos", diz José Jacobson Neto, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de SP.
Não basta exibir os cursos de formação exigidos por lei, portar arma e fazer cara feia.
"Quem protege VIPs ou executivos está num ambiente cercado de tecnologia, como câmeras e sensores, e tem de estar familiarizado com os equipamentos sofisticados e ter noções de TI [tecnologia da informação]", completa o diretor do sindicato.
João Fernando Rossler, 53 anos, viu seu passe valorizar no mercado pelo fato de falar inglês e espanhol e ter feito cursos nos Estados Unidos.
O nicho dos superagentes está em expansão desde o final dos anos 1990. Em todo o Brasil, estão habilitados para segurança pessoal privada cerca de 5.000 profissionais, dos quais 2.000 atuam em São Paulo, segundo o sindicato patronal. "Fora clandestinos e policiais que fazem bico como segurança, o que é proibido por lei", diz Neto.
Registro
Para obter o registro, o vigilante deve fazer cursos de formação e especialização exigidos pela Polícia Federal.
Entre as novas qualificações requeridas por clientes que pagam até R$ 12 mil por um guarda-costas estão conhecimentos de enfermagem e domínio de tecnologias de proteção, como blindagem.
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