sexta-feira, 1 de abril de 2011

NEGOCIAÇÃO EM SITUAÇÃO DE CRISE.

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Informar e preparar o G.M., para que por ventura venha se deparar com tal situação; saiba como proceder e até onde pode aturar, até a chegada do grupo Especializado, pois, existem leis Estaduais e Municipais, que lhe atribuem estas funções.

Para isso se faz necessário que o G.M., esteja consciente de como atuar, em constantes treinamentos das Técnicas Operacionais, seguindo sempre o Procedimento Operacional Padrão (P.O.P.); que utilizadas corretamente apenas irá diminuir o grau de risco, tanto para o Guarda Municipal, como para o infrator e as pessoas envolvidos na ação, não tornando o fator de risco totalmente nulo.

Na atualidade existem inúmeros tipos de técnicas operacionais, níveis de treinamentos, procedimentos, equipamentos adequados, mas, nada supera a seriedade e o conhecimento do Guarda Municipal, vindo de constantes treinamentos.

Mesmo não sendo a nossa função direta, mas sendo a nossa função e obrigação a preservação da vida; não podemos ignorar a evolução e o progresso, assim como persistir nos velhos hábitos, e nas idéias de que “sempre deu certo desta forma”, sendo esta postura mais que estagnar é retroceder no passado.

Com o enorme crescimento das ações dos “agressores da sociedade”, e com exigência de qualidade total temos que estar em constante aperfeiçoamento e treinamentos para atendermos da melhor forma possível e com excelência o nosso cliente, a pessoa.

Podemos perceber que mesmo em constates treinamentos é possível que algo saia errado, pois, existe o fator humano envolvido, onde cabe a reestrutura dos atos.

Quando ocorrendo o erro as perguntas são as mesmas: - O Guarda foi formado técnica e taticamente para o emprego do armamento na operação? - O Guarda foi treinado adequadamente para “esta” operação? A falha foi do Guarda, do seu treinamento ou da metodologia que já estava inadequada?

Estas indagações nos fazem parar para pensar se o Guarda está “totalmente apto” para encarar as situações que possam vir a se deparar no dia a dia; não podemos esquecer-nos do antigo ditado “a rotina é a maior inimiga do Guarda, e deve ser combatida incessantemente.

Eu digo e afirmo o Guarda esta preparado para atual em qualquer missão, deste que em continuo treinamento, e não estou me referindo ao programas ROMU e ROMO, programas especializados, mas em todo o efetivo das Guardas.

As Guardas devem estar em freqüentes treinamentos para ser diminuído do grau de erro, que é normal, mas, deve ser sanado para as próximas ações.

Voltando ao tema “Negociação em situação de crise”, nas ações dos Guardas Municipais.

No exercício da profissão de Guarda Municipal, o guarda, jamais deve ser levado como um mero emprego, mas sim, como um sacerdócio, pois, não são raras às vezes em que teremos de abrir mão do convívio familiar, mesmo sabendo que nem sempre seremos reconhecidos por nosso trabalho.

Algumas preocupações e observações devem estar sempre na mente do guarda municipal, para que este tenha um bom desempenho na sua nobre função, tais como:

- O G.M., não é super homem;

- Jamais deve sair para o cumprimento de sua missão sem antes checar seu armamento, e demais instrumentos de trabalho;

- Se, ao avaliar uma situação, uma ação aparecer estúpida, mas esta ação funciona, então não é uma ação estúpida, faça desde que possa justifica - lá;

- Durante uma troca de tiros, deve sempre se manter abrigado, para não se tornar um alvo fácil;

- Nunca deve atirar desnecessariamente, pois, isto poderá colocar a vida de terceiros e a própria missão em risco;

- Deve sempre empregar seus conhecimentos e seu potencial nas missões e durante todo o aprendizado, mas sendo sempre humilde para receber informações que poderão lhe salvar a vida;

- O bom G.M., deve sempre acreditar e se acautelar em todas as missões que lhe são confiadas, por mais simples que lhe possa parecer, ela poderá tirar-lhe a vida;

- O trabalho em equipe é sempre o melhor trabalho;

- Se o inimigo esta em seu campo de alcance, você também esta no dele cautela;

- Deve ser profissional, sempre respeitando a capacidade de ação e reação do “agressor da sociedade”;

- Não deve fazer ou tomar atitudes para as quais não foi preparada;

- Jamais abordar alguém para investigar e sim investigar para abordar, sempre usar o tirocínio seu e da equipe.

Vamos a gora abordarmos o tema principal que é PROCEDIMENTO BÁSICO EM SITUAÇÕES DE CRISES:

1) O que é Crise?

Crise é todo o incidente ou situação não rotineira, que exija uma resposta especial do G.M., em razão da possibilidade do agravamento conjuntural, inclusive com risco de vida para as pessoas envolvidas, e que possa manifestar-se através de motins em presídios, assaltos a bancos com reféns, atos de terrorismo, seqüestros, tentativa de suicídio, surpreendendo as autoridades e exigindo uma ação imediata das mesmas, com emprego de técnicas especializadas.

2) O que é Gerenciamento Crise?

Gerenciamento de Crise é o processo eficaz de se identificar, obter e aplicar, de conformidade com a legislação vigente e com o emprego das técnicas especializadas, os recursos estratégicos adequados para a solução da Crise, sejam medidas de antecipação e/ou resolução, a fim de assegurar o completo restabelecimento da ordem pública e da normalidade da situação.

3) Quais os principais interesses do Gerenciamento de Crise?

Os principais interesses do Gerenciamento de Crise é preservar as vidas relacionadas ao evento, na seguinte ordem:

1) Em primeiro lugar das vitimas;

2) Depois dos guardas da Operação e por último;

3) Dos possíveis envolvidos “agressores” após o início do evento.

Preservar e aplicar a lei.

4) Quais os objetivos principais do Gerenciamento de Crise?

Os objetivos principais do Gerenciamento de Crise são da seguinte ordem: Preservar Vidas, inclusive as dos causadores do evento, e aplicar a lei.

5) O que é comitê de Crise?

Comitê de Crise é uma comissão de caráter circunstancial, para equacionamento de uma Crise constituída basicamente de três figuras operacionais sendo: Um Agente de Crise; Um Subgerente de Crise; e no mínimo dois Negociadores.

6) Quis as principais tarefas do gerenciador de Crise?

As principais tarefas do Gerenciador de Crise, entre outras atribuições, é representar o GCRISES, na administração da Crise para a qual foi designado e exercer o papel de autoridade máxima em todas as ações no local de Crise.

7) Quais as principais tarefas do Subgerente de Crise?

As principais tarefas do Subgerente de Crise entre outras, é coordenar e dirigir os elementos de apoio e instalar, organizar, controlar o funcionamento do posto comando de comando, assegurar ao gerente e aos demais usuários do Posto de Comando GM informações pertinentes e oportunas.

8) Quais as principais tarefas do negociador?

As principais tarefas do negociador, entre outras é servir de intermediário entre os causadores do evento critico e o comandante da área de operações (gerente), colhendo informações, otimizando a efetividade do risco, apoiando as ações táticas e promovendo entendimentos para o controle solução da Crise.

9) Qual a função GATE da Policia Militar, no equacionamento da Crise?

A função do GATI, no equacionamento da Crise, é de função tática, mediante emprego da força, para pôr término imediato e firme ao evento critico evitando, impedindo, abordando ou neutralizando ações delituosas agravantes da Crise.

10) Quais os objetivos da Negociação?

Os objetivos da Negociação entre outros é ganhar tempo; abrandar exigências, coletar informações e prover suporte tático, buscando o fim da ações ilícita.

11) Quais os procedimentos iniciais ao se deparar com uma situação de Crise?

Quem primeiro atender uma ocorrência com conotações de Crise deve de imediato comunicar ao Comando GM, para as devidas providências, dando inicio prontamente ao isolamento da área, evitando que a ocorrência mude de lugar pondo mais vidas em risco, iniciar a negociação preliminar.

12) O que á o isolamento?

O isolamento consiste em “descontaminar a área”, retirando todas as pessoas estranhas ao evento, impedindo à aproximação de qualquer elemento que possa tumultuar ainda mais o local, inclusiva a imprensa, desligar as sirenes e luzes; isolando o maior perímetro possível, interditando e desviando o transito local, providenciar uma UR/médico, deixando-os o mais próximo possível sem comprometer a segurança dos mesmos. Devemos ressaltar aqui que este isolamento tem que ser rigoroso para evitar a contaminação do local, prejudicando as investigações.

13) Como proceder após o termino do evento?

Após o termino do evento deve-se manter o isolamento da área até a liberação da Autoridade Judiciária (Delegado de Polícia) responsável ou o Compadecimento do superior imediato.

PAULO RICARDO RODRIGUES BENTO

Diretor do Departamento de Planejamento e Operações

de Segurança da Secretaria de Segurança Pública

Urbana e Trânsito de Santo André

DOPS

Um comentário:

  1. Parabéns ao Irmão Paulo Ricardo Rodrigues Bento, sempre trazendo Informações e Orientações que vem ao encontro da SALVAGUARDA dos Operadores de Segurança Pública Municipais de Todo País. Mostrando sempre sua preocupação com a Segurança e a Vida de TODOS os Irmãos GCM'S.
    Eterno Respeito e Profunda Admiração.
    Lealdade, Respeito, Força e Honra.

    ASSOCIAÇÃO DOS GUARDAS MUNICIPAIS DE PIRASSUNUNGA E REGIÃO.

    Bezerra - Pirassununga/SP

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