segunda-feira, 4 de abril de 2011

Adesivos viram moda, mas podem criar riscos


Adesivos viram moda, mas podem criar riscos

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  • Tornaram-se comuns os adesivos
    que representam membros de uma
    família, colados nas carrocerias dos carros. Neles, estão o pai, a mãe,
    os filhos e até os animais de estimação, como cachorros, gatos e pássaros.
    Só que a mania tem um lado perigoso, conforme alerta o Capitão Emerson
    Massera Ribeiro, da Polícia Militar de São Paulo. “Alguns golpistas usam
    estratégias para obter informações sobre as pessoas. No golpe do falso
    sequestro, por exemplo, o adesivo pode ajudá-lo a convencer a vítima,
    pois terá ideia de como é a família”, disse.

    Um dos que aderiu à moda dos adesivos foi o empresário Rodrigo Lombardi,
    que tem a sua imagem, da esposa e do filho representadas na traseira de
    seu Honda Civic. Ao contrário do que diz a recomendação policial, Lombardi
    não se preocupa com a segurança. “O bandido vai se preocupar mais com o
    valor do carro que com o adesivo. O que conta é a facilidade na abordagem.
    O adesivo se tornou tão popular que o criminoso ficaria indeciso”, justifica.

    A opinião é endossada pelo publicitário Hercio Ferraro Neto, que tem o
    colante em seu Renault Clio. “Se o ladrão estiver interessado no veículo
    ou na pessoa, não será o adesivo que vai influenciar. Ou será que o bandido
    vai se sensibilizar ao ver que a família é grande, tem cachorro, papagaio e
    um peixe?”, acredita Ferraro. “Ladrão escolhe a vítima
    pela oportunidade”, conclui.

    A Polícia Militar acredita que o adesivo pode ser mais perigoso também ao
    ficar à mostra na garagem de uma residência. “Para os crimes por telefone,
    o acessório denuncia. O mesmo vale para os colantes ‘currículo’ - aqueles
    que mostram qual faculdade o dono do carro frequenta, por exemplo -, que
    contêm informações sobre a vida particular das pessoas”, explicou o Capitão.
    Há ainda aqueles que citam o nome de crianças, do tipo "Fulano está a bordo".

    Por outro lado, quem tem medo de sequestros tradicionais ou os chamados
    relâmpagos, a segurança pública tranquiliza. “Esses tipos de crime são
    planejados e os adesivos pouco podem acrescentar. No caso do relâmpago,
    o objetivo é encontrar uma pessoa com dinheiro e cartões bancários.
    Conhecer a estrutura familiar não vai aumentar ou diminuir o
    potencial de uma pessoa se tornar vítima”, finaliza.

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