que representam membros de uma
família, colados nas carrocerias dos carros. Neles, estão o pai, a mãe,
os filhos e até os animais de estimação, como cachorros, gatos e pássaros.
Só que a mania tem um lado perigoso, conforme alerta o Capitão Emerson
Massera Ribeiro, da Polícia Militar de São Paulo. “Alguns golpistas usam
estratégias para obter informações sobre as pessoas. No golpe do falso
sequestro, por exemplo, o adesivo pode ajudá-lo a convencer a vítima,
pois terá ideia de como é a família”, disse.
Um dos que aderiu à moda dos adesivos foi o empresário Rodrigo Lombardi,
Um dos que aderiu à moda dos adesivos foi o empresário Rodrigo Lombardi,
que tem a sua imagem, da esposa e do filho representadas na traseira de
seu Honda Civic. Ao contrário do que diz a recomendação policial, Lombardi
não se preocupa com a segurança. “O bandido vai se preocupar mais com o
valor do carro que com o adesivo. O que conta é a facilidade na abordagem.
O adesivo se tornou tão popular que o criminoso ficaria indeciso”, justifica.
A opinião é endossada pelo publicitário Hercio Ferraro Neto, que tem o
A opinião é endossada pelo publicitário Hercio Ferraro Neto, que tem o
colante em seu Renault Clio. “Se o ladrão estiver interessado no veículo
ou na pessoa, não será o adesivo que vai influenciar. Ou será que o bandido
vai se sensibilizar ao ver que a família é grande, tem cachorro, papagaio e
um peixe?”, acredita Ferraro. “Ladrão escolhe a vítima
pela oportunidade”, conclui.
A Polícia Militar acredita que o adesivo pode ser mais perigoso também ao
A Polícia Militar acredita que o adesivo pode ser mais perigoso também ao
ficar à mostra na garagem de uma residência. “Para os crimes por telefone,
o acessório denuncia. O mesmo vale para os colantes ‘currículo’ - aqueles
que mostram qual faculdade o dono do carro frequenta, por exemplo -, que
contêm informações sobre a vida particular das pessoas”, explicou o Capitão.
Há ainda aqueles que citam o nome de crianças, do tipo "Fulano está a bordo".
Por outro lado, quem tem medo de sequestros tradicionais ou os chamados
Por outro lado, quem tem medo de sequestros tradicionais ou os chamados
relâmpagos, a segurança pública tranquiliza. “Esses tipos de crime são
planejados e os adesivos pouco podem acrescentar. No caso do relâmpago,
o objetivo é encontrar uma pessoa com dinheiro e cartões bancários.
Conhecer a estrutura familiar não vai aumentar ou diminuir o
potencial de uma pessoa se tornar vítima”, finaliza.
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