terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Conheça a “tropa de elite” canina que salvou vidas no Rio de Janeiro



Eles não são muito lembrados nem estão nos

holofotes da mídia. Mas o trabalho de

resgate de pessoas soterradas no Rio

de Janeiro não seria o mesmo se não

contasse com a ajuda dos cães farejadores.

Pluto, Hanna, Morena, Siriguela, D'artagnan e Hati

fazem parte de uma equipe de cachorros muito bem

“educada”. Além de adestrados, eles se

especializaram na busca de pessoas. São meses

de treinamento para que um cãozinho se torne um

“pós-graduado”, nas palavras da assessora de

relações públicas da Força Nacional de Segurança

Pública, Clara Lima.

Ela ainda lembra que o treinamento é completamente

diferente para cada área, já que um cão treinado

para farejar drogas não pode ser usado para buscar

feridos ou buscar explosivos, por exemplo.

O capitão Sandro Aguiar trabalha desde 2004 na

área de treinamento de cães e explica que as raças

mais indicadas para o trabalho de farejamento são

labradores, pastores belgas de malinois, goldens

retrievers e pastores holandeses. Esses cães têm

um olfato apuradíssimo por conta das mais de 70

milhões de células olfativas - os seres humanos têm

cinco milhões. Além do olfato, eles também têm a

audição aguçada, o que é fundamental para localizar

pessoas sob os escombros.

Os cães podem ser treinados a partir dos quatro

meses até por volta de um ano e meio de idade.

Desde o nascimento, o filhote é observado e

passa por testes comportamentais. Características

como caça, possessividade, independência e a

curiosidade são fatores fundamentais para a

escolha do próximo cão farejador.

Partindo para o curso, o Capitão explica que são

utilizadas essências artificiais para treinamento de

localização de cadáveres e, no caso de pessoas

vivas, roupas e sangue. Mesmo quando os animais

não estão em missão, eles estão em constante

treinamento, pois “treinamento difícil, combate

fácil”, brinca.

Os cachorros farejadores dormem em boxes

individuais, comem ração de qualidade e estão

sempre sob cuidado de uma equipe veterinária.

Por lei, eles podem trabalhar apenas

seis horas por dia.

De acordo com Aguiar, entre 2008 e 2009, a Força

Nacional capacitou 300 profissionais de

Segurança pública nas modalidades de cães

farejadores de drogas, explosivos e de busca de

pessoas em áreas colapsadas. Parte desse efetivo

já foi ou está sendo capacitada em missões do

departamento. Um dos cães que está em missão

no Rio de Janeiro já esteve inclusive na missão de

Santa Catarina, em 2008, quando as enchentes e

deslizamentos de terra mataram 135 pessoas.

Saiba como ajudar os animais

desabrigados no Rio de Janeiro.

Pedro Paulo CANIL GUARDA CIVIL SÃO PAULO

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