Bruno Ribeirodo - Agora
Entre guardas-civis ameaçando entrar em greve e camelôs vendendo mercadorias ilegais livremente nos centros comerciais da cidade, a Prefeitura de São Paulo divulgou ontem a criação de um "serviço secreto" na GCM (Guarda Civil Metropolitana) para investigar o trabalho dos ambulantes e tentar combater melhor esse comércio ilegal.
O serviço, chamado GAE (Grupo de Ações Estratégicas), não tem data para começar a investigar os camelôs. Os agentes vão poder circular sem uniformes da GCM e deverão "fazer o levantamento de dados sobre a quantidade, a forma de atuação e o abastecimento de ambulantes" nas ruas, "assim como promover apreensões de pessoas e mercadorias", segundo a portaria que criou o grupo, publicada ontem no "Diário Oficial" da cidade.
Para ser membro do "serviço secreto", os guardas-civis terão de, primeiro, ser escolhidos para o trabalho. Depois, vão ter o histórico profissional avaliado pela Corregedoria da GCM. Por último, terão de ser aprovados pelo subcomando da Guarda Civil. A prefeitura não disse quantos agentes vão ser deslocados para esse grupo nem deu outros detalhes sobre o programa, alegando que o assunto é estratégico.
Investigação
O jurista Ives Gandra Martins diz que, para cuidar das ruas, a GCM pode investigar.
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Ambulantes seguem sem fiscalização
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Léo Arcoverdedo - Agora
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No segundo dia da operação padrão da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que reivindica aumento de salário e melhores condições de trabalho, a ordem de não apreender mercadoria em poder dos camelôs clandestinos foi mantida.
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O presidente do SindGuardas (sindicato dos guardas-civis), afirmou ontem que a fiscalização da GCM, que reunia até quarta-feira um efetivo de 400 homens por turno de trabalho, agora se resume a, no máximo, 40 inspetores e graduados.
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O presidente do SindGuardas (sindicato dos guardas-civis), afirmou ontem que a fiscalização da GCM, que reunia até quarta-feira um efetivo de 400 homens por turno de trabalho, agora se resume a, no máximo, 40 inspetores e graduados.
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De acordo com o SindGuardas, a adesão à operação padrão, que pode culminar numa greve a partir de segunda-feira, é unânime entre os guardas-civis da terceira, da segunda e da primeira classe, que, juntas, respondem por mais de 90% do efetivo da corporação. "E não adianta os inspetores fazerem apreensão. Até porque a maioria deles não está acostumado a trabalhar na rua", afirmou Souza Silva.
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O presidente do SindGuardas rebateu ontem a declaração do prefeito Gilberto Kassab (DEM), de que a legislação não permite que guardas-civis façam greve. "O regulamento disciplinar da Guarda Civil não faz qualquer menção à palavra greve. Ele [prefeito Gilberto Kassab] está se baseando no fato de a corporação cumprir um serviço essencial, o mesmo entendimento que proíbe a Polícia Militar de fazer uma paralisação. Mas conosco é diferente, somos servidores públicos municipais, e não força auxiliar das Forças Armadas."
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A reportagem procurou ontem a SMSU (Secretaria Municipal da Segurança Urbana), que, pelo segundo dia seguido, não respondeu aos questionamentos sobre a operação padrão dos guardas-civis.
A reportagem procurou ontem a SMSU (Secretaria Municipal da Segurança Urbana), que, pelo segundo dia seguido, não respondeu aos questionamentos sobre a operação padrão dos guardas-civis.
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FONTE: JORNAL AGORA
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