Ronaldo Marzagão confirmou nesta sexta que nove PMs foram presos. Esquema envolveria a máfia dos caça-níqueis e peruas clandestinas.
A Corregedoria da Polícia Militar prendeu neste sábado (14) uma tenente-coronel da corporação suspeita de envolvimento com um esquema de arrecadação de propina na região de Guarulhos, na Grande São Paulo, segundo a Secretaria da Segurança Pública. O pagamento seria feito por donos de máquinas caça-níqueis e peruas clandestinas. A prisão da oficial foi decretada pela Justiça na sexta-feira (13).
Em entrevista na tarde desta sexta, o secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, confirmou que nove PMs, entre eles um oficial, foram presos por suspeita de envolvimento na cobrança de propina.
A investigação continua e o comandante da Polícia Militar de Guarulhos, coronel Wagner César Gomes de Oliveira Tavares Pinto, que também estava na entrevista coletiva nesta sexta, disse que não vai se surpreender se aparecerem outros PMs suspeitos de envolvimento com o mesmo esquema.
“Realmente desgasta a imagem da polícia, mas não jogaremos a poeira para debaixo do tapete”, afirmou Ronaldo Marzagão, ao ser indagado sobre a sequência de casos de corrupção envolvendo policiais militares e civis nos últimos dias.
Delação premiada
De acordo com a “Agência Estado”, uma delação premiada revelou a arrecadação da propina. As acusações envolvem oficiais da Polícia Militar, a maioria do 31º Batalhão, que patrulham parte da região de Guarulhos, na Grande São Paulo.
Os policiais militares teriam montado um esquema de arrecadação de propina de perueiros clandestinos e da máfia dos caça-níqueis e dos bingos em Arujá, Itaquaquecetuba e Santa Isabel, cidades da região metropolitana de São Paulo.
O primeiro-tenente do batalhão, que aceitou fazer a delação premiada, afirma que o major, então capitão, e os demais acusados arrecadavam dinheiro de um contraventor, que bancaria festas no quartel do 31º Batalhão. O tenente afirmou que os acusados e uma tenente-coronel, então comandante da unidade, recebiam propina mensal da máfia do jogo. Os acusados negam as denúncias.
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