Autora: Erika Genaro
Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Formada em Marketing pela Universidade da Cidade
Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Formada em Marketing pela Universidade da Cidade
de São Paulo - UNICID
E Políticas Públicas pela Pontifícia Universidade Católica - PUC
E Políticas Públicas pela Pontifícia Universidade Católica - PUC
Editora do Blog "Erica Genaro... E Ponto!" e "Erika Genaro -
A palavra indignação no dicionário Aurélio quer dizer
"sentimento de cólera despertado por ação indigna",
acredito que é a melhor definição para meu sentimento
hoje. O que sentir quando vemos a injustiça transitar
livremente pelos corredores da boa vontade e entre
pessoas que dedicam suas vidas para ajudar? Pensando
neste sentido lembro-me da história do Rouxinol e do Cuco.
O Cuco é um pássaro considerado um parasita, a mamãe
Cuco bota seu ovos no ninho do Rouxinol, mas como
os ovos do Cuco é muito semelhante ao da outra ave, a
mãe dona do ninho não faz diferença com os seus,
no entanto o ovo da ave parasita eclode primeiro, pois
seu ciclo de gestação é menor.
Ao nascer a ave hospedeira joga os outros ovos para
fora do ninho, mata os filhotes de Rouxinol e ocupa
o lugar como um filho legítimo. Os pequenos e dedicados
pais cuidam do filhote postiço como se fosse seu,
alimentam-no com todo amor. Mas o filhote é muito
maior do que o que um Rouxinol e fica cada vez mais
difícil e trabalhoso para os pequenos pais, alimentá-lo
é um trabalho que não pára nunca.
Por todo o tempo o Cuco sacrifica seus pobres pais, que
com seu infinito amor o alimenta, sem se quer
questionar que aquele enorme filhote não é seu, e em
momento algum deixa de alimentar, cuidar, mantendo-o
fora de perigo e longe das ameaças dos predadores.
Durante este período a ave parasita alimenta-se deste
amor e carinho, é mantido aquecido, alimentado até
ficar grande e forte e não caber mais no pequeno
ninho do Rouxinol, neste momento ele parte para viver
livre sua vida, mas ao sair destrói o ninho, como símbolo
da sua ingratidão.
O Rouxinol pode chegar à morte por fadiga e fome durante
esta incansável busca para cuidar de seu filhote.
Todos os dias caímos e nos levantamos para alimentar
os Cucos que vivem nos nossos ninhos, uma luta diária
para a sobrevivência.
Tantos Cucos já passaram e ainda vão passar, mas
continuaremos em pé, com honra e brio característico
do Rouxinol.
Mas eu pergunto a você, até quando?
enviado por os municipais
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