Artigo - Comércio destrutivo de animais silvestres



É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve;. Essa
frase do poeta e dramaturgo Victor Hugo é muito oportuna para uma reflexão
nesses dias em que há por todo o mundo atividades referentes ao Dia Mundial
do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho. Ficamos estarrecidos diante das
manifestações “violentas” da natureza que atingem a humanidade, mas poucos
reconhecem que são reflexo do próprio homem que não a respeita.

Parece “chover no molhado”, como diz o ditado popular, falar sobre a
preservação do meio ambiente. Mas ainda falta muito para uma
conscientização global a respeito desse assunto, seja com mudanças de
comportamento na rotina de cada um ou políticas públicas mais efetivas, com
mais fiscalização, para salvarmos a natureza e o planeta.

O Partido Verde tem cumprido um papel muito importante desde sua fundação
ao dar destaque para as questões do meio ambiente. Entre os 12 valores do
partido, o primeiro é Ecologia: a preservação do meio ambiente, o
ecodesenvolvimento (ou desenvolvimento sustentável), a reciclagem e a
recuperação ambiental permanente. Sinto uma grande responsabilidade em
carregar comigo essa bandeira.

Considero muito pertinente o tema escolhido pelas Nações Unidas para as
celebrações deste ano que é a luta contra o comércio ilegal de animais
silvestres e a escolha de Angola como sede considerando as ações tomadas
pelo governo para conservar e reconstruir a população de elefantes. A ONU
lançou uma campanha contra o comércio ilegal de animais silvestres, alertando
que esse crime empurra espécies para a extinção, rouba o patrimônio natural
dos países e dá lucro a redes criminosas internacionais.

Diversas celebridades apoiam a campanha, como a modelo brasileira Gisele
Bündchen, que encampa a luta pela proteção das tartarugas marinhas.
Podemos no nosso dia-a- dia comentar sobre enchentes, incêndios nas matas,
desmatamento, excesso de frio ou de calor, mas é fato que pouco sabemos
sobre as ameaças aos animais.

No Brasil, por exemplo, há muitas espécies ameaçadas de extinção, como a
onça-pintada, tartarugas, ariranha, ararajuba, arara-azul, tamanduá-bandeira,
lobo-guará, mico-leão preto, entre outros. No mundo, correm risco o urso polar,
o panda, o tigre, pinguins, tartarugas, gorilas e muitos outros.
Na comunidade em que vivemos esse é um tema que pouco nos afeta, porém
serve de alerta para os perigos de negligenciarmos os cuidados com o meio
ambiente, provocando o desaparecimento das espécies. Ao afetarmos
diretamente os animais ou o seu habitat, seja com o tráfico, o desmatamento,
as queimadas, as construções, a poluição, a caça e outros fatores, reduzimos
cada vez mais suas chances de sobrevivência.

** Chico Sardelli é deputado estadual pelo Partido Verde

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