Vereadores de SP aprovam projeto que livra policiais do rodízio de veículos

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

A Câmara de São Paulo aprovou na noite desta quinta-feira um projeto que livra policiais militares, civis, federais e guardas civis metropolitanos do rodízio de veículos.
De autoria de Coronel Camilo (PSD) --que foi comandante-geral da PM e integra a chamada bancada da bala, formada por ex-PMs-- a ideia prevê que cada policial faça um cadastro na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), inscrevendo um único carro que estaria livre da restrição.
Desde 1998, médicos já estão liberados do rodízio, por meio de um projeto de Paulo Frange (PTB), sancionado pelo então prefeito Celso Pitta.
Camilo disse que fez um levantamento e constatou que apenas cerca de mil PMs usam seus carros em horário de pico na cidade. Há cerca de 5.000 PMs por turno na cidade. "Os demais PMs ou usam transporte público ou trabalham fora do horário do rodízio".
Segundo o vereador, não se trata de um privilégio. "O policial expõe sua vida o tempo todo e não tem nenhum benefício adicional por isso", disse ele, que negociará com o prefeito Fernando Haddad (PT) para que o texto seja sancionado.
Assinam o projeto também os vereadores Conte Lopes (PTB) --capitão aposentado da PM e também da bancada da bala-- e Marco Aurélio Cunha (PSD), que é médico e, portanto, já é beneficiado pela lei de 1998.
Apenas os vereadores Ricardo Young (PPS) e Toninho Vespoli (PSOL) votaram contra. O projeto agora depende a sanção de Haddad.


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