quinta-feira, 11 de julho de 2013

Vaccarezza diz que foi convidado a coordenar o grupo e não articulou para conseguir posto; Fontana afirma que foi indicado pela bancada


Henrique Fontana (à esquerda) e Cândido Vaccarezza
Foto: O Globo
Henrique Fontana (à esquerda) e Cândido VaccarezzaO GLOBO
BRASÍLIA — A disputa entre os deputados petistas Henrique Fontana (RS) e Cândido Vaccarezza (SP) pela coordenação do grupo de reforma política criado pela Câmara como contraponto à não realização do plebiscito virou motivo de piada nos bastidores da Câmara, com colegas do próprio partido classificando o fato como “briga de moleques”. O problema, que levou o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) a cancelar e adiar para a próxima semana a instalação do grupo, persiste e, nesta quinta-feira, um dia depois do fato se tornar público, os dois deputados deram declarações.
Vaccarezza disse que foi convidado pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para presidir o grupo e que irá aguardar a decisão final, sem tomar qualquer postura para constranger o PT ou Henrique Alves. O deputado disse que não fez articulações para ter seu nome indiado e conta que foi surpreendido pela ameaça de Fontana em renunciar à indicação da bancada do PT se ele, Vaccarezza, fosse presidir o grupo.
— A questão está nas mãos do Guimarães e do Henrique Eduardo Alves. Sou homem de acordo, não vou assumir qualquer postura que constranja nem o partido, nem o presidente da Câmara, que deu um tempo para que as coisas esfriem. Se eu for convidado a ficar, aceitarei. Se não, apoiarei quem Henrique convidar. A praxe é o o presidente indicar o coordenador do grupo. Vou colaborar para aprovar a reforma política — disse Vaccarezza.
Já o deputado Fontana afirmou que seu nome foi indicado, por unanimidade, pela bancada do PT e que também irá aguarda sobre posicionamento quem caberá decidir:
— Se a coordenação, a presidência cabe ao PT, eu devo ser o coordenador, o presidente. O trabalho que venho fazendo nestes dois últimos anos é reconhecido não só pela minha bancada, como pela Casa. Minha expectativa é de que o presidente acolha a indicação do PT, mas vou aguardar a decisão de quem cabe decidir. A decisão unânime da bancada mostra o quão justo é meu pleito — afirmou Fontana.
Fontana foi o relator da reforma política nesta legislatura, e Vaccarezza o coordenador do grupo da reforma eleitoral.


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