quinta-feira, 11 de julho de 2013

Aécio: ‘Brasil não precisa hoje de uma presidente sitiada’


Senador Aécio Neves (PSDB-MG) critica programa Mais Médicos, que considera ser ‘marqueteiro’
Foto: Ailton de Freitas / O Globo
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) critica programa Mais Médicos, que considera ser ‘marqueteiro’ Ailton de Freitas / O Globo
BRASÍLIA – Após a reunião da Executiva do PSDB na manhã desta terça-feira, o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), criticou duramente as medidas apresentadas ontem pela presidente Dilma Rousseff no programa Mais Médicos. Ele anunciou uma proposta de reforma política que exclui financiamento público de campanha e também ironizou a vaia que a presidente levou hoje pela ausência na Marcha dos Prefeitos.
— Soube que a presidente Dilma foi homenageada hoje na reunião dos prefeitos (por sua ausência). Tudo que o Brasil não precisa hoje é de uma presidente sitiada. Espero que ela vá lá amanhã no encerramento, como se espera de qualquer presidente da República, e dê uma resposta efetiva e corajosa sobre o pacto federativo.
Sobre o programa Mais Médicos, Aécio chamou de “marqueteiras” e “paliativas” as medidas anunciadas pelo governo. Para ele, o que falta na saúde é financiamento e gestão. Aécio defendeu que o governo aplique imediatamente 10% das receitas corridas da União em saúde.
— Não sou contra quem se forma em medicina preste assistência à população. Mas não debater com especialistas e a comunidade médica a extensão do curso de medicina para oito anos é uma violência sem tamanho. Uma intromissão indevida, sobretudo, nas faculdades privadas onde o aluno paga pelo seu estudo. Fazer isso sem uma discussão com a comunidade médica é uma violência repudiável.
A executiva tucana fechou consenso sobre uma reforma política com seis pontos, mas excluiu o financiamento público de campanha. O ponto principal é o fim da reeleição — aprovada para beneficiar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Outro ponto é a unificação da duração dos mandatos de presidente, governador, deputado e prefeito para cinco anos, a partir de 2018.
— Fernando Henrique foi consultado, mas compreendeu e não vai interferir numa decisão majoritária do partido. A reeleição foi uma experiência válida, mas o atual governo federal desmoralizou essa experiência deixando de governar dois anos e meio antes do mandato para cuidar exclusivamente da releição — disse Aécio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário