Estudantes da Fundação Cásper Líbero realizam passeata na avenida Paulista, em São Paulo (SP), na manhã desta quinta-feira (11). Com faixas e cartazes, os estudantes fazem um apelo pela paz e cobram das autoridades ações com relação à questão da segurança pública. A passeata ocorre após a morte do estudante do terceiro ano do curso de Rádio e TV da Cásper Líbero, Victor Deepmann, que foi assassinado na porta de casa no bairro do Belém, na zona leste da capital Duran Machfee/Futura Press
Pai da estudante Liana Friedenbach, o advogado e hoje vereador em São Paulo Ari Friedenbach (PPS) afirmou que só a proposta do governo de São Paulo para endurecer as regras do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) em relação a adolescentes envolvidos ou reincidentes em crimes graves não trará as respostas que o cidadão espera contra a violência.
Liana, 16, e o namorado, Felipe Caffé, 19, foram sequestrados e mortos em novembro de 2003 quando se preparavam para acampar em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo. O grupo que os sequestrou tinha quatro adultos --liderados por Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, então com 16 anos. Felipe foi executado com um tiro na nuca horas depois do sequestro; Luana foi estuprada pelos integrantes do grupo durante cinco dias até ser morta por Champinha com 16 facadas.
Friedenbach falou com o UOL nesta quinta-feira (11) depois de o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar que enviará ao Congresso projeto que promete endurecer aspectos do ECA em relação aos infratores de crimes violentos. A medida foi uma resposta aoassassinato do universitário Victor Hugo Deppmann, 19, vítima de latrocínio em frente ao prédio onde morava com a família, no Belém (zona leste), na noite da última terça (9), cometido por um adolescente de 17 anos --que completa 18 nesta sexta (12).
O adolescente, que foi apresentado à Vara de Infância e Juventude no Brás pela própria família nesta quarta-feira (10), foi encaminhado à Fundação Casa. A Polícia Civil vai pedir que ele cumpra a pena máxima de três anos, prevista pelo Estatuto. Pelo Código de Processo Penal, a pena para adultos que cometem crime de latrocínio pode variar de 20 a 30 anos de reclusão.
"Ainda vamos ter muitas mortes até que o Legislativo tome alguma atitude. As autoridades costumam dizer que não se deve tomar decisões no calor dos fatos, mas, nesses dez anos, vi os fatos acontecerem, esfriarem e muito pouco, para não dizer nada, tem sido feito", declarou.
Os estudantes Liana Friedenbach, 16, e Felipe Silva Caffé, 19, foram mortos na região de Embu-Guaçu (SP), onde estavam acampando. Cinco pessoas foram presas pelo crime: Paulo César da Silva Marques, Antonio Matias de Barros, Antônio Silva, Aguinaldo Pires e um adolescente de 16 anos
Militante de mudanças legislativas pela redução da maioridade penal, o vereador e advogado lembrou de uma audiência particular que teve com Alckmin, à época da morte da filha adolescente, na qual ouvira algumas promessas. "Foi em uma sala do Palácio dos Bandeirantes, ouvi do governador que ele aumentaria o prazo de internação na Fundação Casa a adolescentes envolvidos em crimes graves. Nada mudou", disse o advogado.
Para o advogado, falta "a responsabilização desses jovens por crimes desse porte". "É fundamental que se pense não apenas na redução da maioridade penal, mas também que esse menor que comete crime grave --seja estupro, homicídio ou assassinato-- seja julgado segundo o Código de Processo Penal e cumpra a pena, até os 18 anos, em uma unidade prisional da Fundação Casa, e, depois disso, o restante da pena, no sistema carcerário", defendeu.
postado por amigos da guarda civil
Nas proximas eleições votarei pelo aumento da pena de 30 para 180 anos( 1/6 dá 30) e não tem isenção para menor(matou ..cadeia)
ResponderExcluirObrigado. Israel