GCM de Santo lotaram a audiência pública sobre a função delegada
Das sete cidades do Grande ABC, só São Caetano demonstra interesse em aderir à atividade delegada. O projeto prevê a contratação de policiais militares em dias de folga para trabalhar em prol do município. Para colocar a ação em prática, a cidade precisa ter legislação que permita esse tipo de atividade para poder assinar convênio com o governo estadual.
O prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) afirmou que enviará projeto de lei à Câmara até o fim do ano para implementar o projeto. "Não temos recursos no momento para mais esse gasto. Mas, assim que sanarmos nossas dívidas, vamos mandar o documento para votação dos vereadores com objetivo de reforçar a segurança na cidade. Nosso contingente de policiais é baixo, e, enquanto não vierem mais homens, poderemos aproveitar os policiais militares em folga na atividade delegada. Então, isso vai existir em São Caetano no momento certo", disse o chefe do Executivo.
Além de adotar a medida, a Prefeitura informou que está empenhada em valorizar a GCM (Guarda Civil Municipal). A administração municipal comunicou que avalia as condições orçamentárias para concretizar os benefícios.
De todas as cidades da região, Ribeirão Pires é a única a possuir lei que permite a atividade delegada. No entanto, a Prefeitura informou que não há prazo para que o projeto seja implementado, porque a Secretaria de Segurança Pública municipal está trabalhando, em primeiro momento, com a estruturação, qualificação e valorização da GCM.
Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema também declararam não ter interesse em aderir ao projeto no momento. "Sou contra aumento de jornada de trabalho de qualquer trabalhador, ainda mais se tratando da Polícia Militar, que trabalha com alta periculosidade e ganha pouco. Não é justo passar para Prefeitura a responsabilidade de dar melhor salário aos policiais", disse o prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT).
A Abraguardas (Associação Brasileira dos Guardas Municipais) também é contra a atividade delegada. "É um projeto altamente prejudicial, principalmente nas localidades onde já existe GCM. O Estado não resolve o problema do policial militar, com melhores salários, e quer, por via indireta, que o município faça essa função", criticou o presidente da entidade, Eziquiel Edson Faria.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Ontem, foi realizada audiência pública na Câmara de Santo André para debater o tema. O encontro foi proposto pelo vereador Edson Sardano (PTB) e contou com representantes da Polícia Militar. A GCM da cidade se posicionou contra a ação e prometeu cruzar os braços caso o projeto seja implementado no município. (Colaborou Fábio Munhoz)
Fonte:http://www.dgabc.com.br
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