Prefeitura nega proibição, mas jovens dizem que guardas reprimem uso do espaço reinaugurado sábado

Marcio Alves do Metro São Paulonoticias@band.com.br
Não durou uma semana. Apenas cinco dias depois de reinaugurada, a praça Roosevelt, em São Paulo, não é mais um lugar onde skates, bicicletas e patins são bem vindos.
Segundo frequentadores, desde anteontem, agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitanta) começaram a coibir a prática desses esportes na praça. Quem insistia era ameaçado com gás de pimenta. As regras de uso do local ainda não foram estabelecidas, na semana que vem, a Associação da Praça Roosevelt vai se reunir com a Subprefeitura da Sé para definir as normas.
A corretora de imóveis Mariana Roquetti, de 26 anos, diz que os guardas intimidavam todos os skatistas, inclusive os que estavam apenas de passagem. “Até quem estava com o skate debaixo do braço foi abordado pelos GCMs”, diz. A vendedora Fernanda Printezz, de 22 anos, reclama da truculência dos agentes. “Não precisava de spray de pimenta. Eles pareciam os xerifes do lugar.”
Questionados por frequentadores da praça, os guardas afirmaram que o pedido para vetar o uso de skates, bikes e patins foi feito por frequentadores e pelos donos de bares do entorno, que alegaram barulho. A Associação da Praça Roosevelt nega ter feito o pedido aos guardas.
Desde sua reinauguração, no sábado, a praça virou a sensação dos praticantes de esportes radicais. Eles usam as escadas e bancos para realizar manobras. O espaço ficou mais de dois anos em reforma, a um custo de R$ 55 milhões.
A Secretaria de Segurança Urbana diz que as bikes, skates e patins não estão proibidos, e nega que os agentes da GCM estejam retirando os skatistas de forma truculenta, usando spray de pimenta. De acordo com a pasta, a presença da guarda no espaço visa apenas garantir a segurança e integridade física de todos os frequentadores da praça.
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