07/03/2012 11:02
Tiroteio na Topolândia entre Guarda Civil e procurado resulta em uma morte
Beatriz Rego
São Sebastião Um homem foi morto a tiros, na noite da última segunda-feira, na escadaria do final da rua São Benedito, no bairro da Topolândia, na região Central do município por oficiais da Guarda Civil Municipal (GCM). No registro da ocorrência, o caso ficou qualificado como ameaça, resistência e homicídio simples.
De acordo com o registro na Polícia Civil, Joadir da Silva, 45 anos, vulgo JJ, teria se envolvido, junto com sua ex-mulher, em uma desavença entre familiares da guarda civil L.G.B., que também mora na escadaria da Topolândia. Segundo depoimento no boletim de ocorrência da guarda envolvida, no calor da discussão, ela, sua mãe e sua avó teriam sido ameaçadas de morte por JJ.
Posterior às ameaças, com medo de Joadir, L.G.B. levou sua mãe e sua avó para dentro de casa, onde foi informada, após telefonema de vizinhos, que Joadir estaria armado e que iria matá-las. Neste momento, L.G.B teria acionado e pedido reforço à central da Guarda Civil Municipal.
Uma ambulância da Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) teria sido chamada ao local, pelo fato da avó da oficial estar passando mal. Segundo ela, no momento em que o Samu chegou para levar a avó ao Pronto-Socorro, o homem teria disparado contra a viatura da GCM que também teria chegado ao local para dar apoio à colega de trabalho.
Depois do primeiro disparo, os agentes da guarda C.B.O., 29 anos, J.H.P.R., 32 anos, revidaram e atiraram contra JJ, que subiu a escadaria e fugiu. Na sequência foi solicitado o apoio de mais dois guardas-civis, G.C.M., 33 anos, R.M.S., 31 anos, e estes sim foram atrás do homem. Ao chegarem ao topo da escadaria, os dois agentes entraram em um barraco de madeira, e nada encontraram, entretanto, quando estavam deixando o local deram de frente com Joadir, que os ameaçou e efetuou alguns disparos contra eles. Os guardas então revidaram e atiraram contra JJ, acertando-lhe o tórax.
Depois de caído no chão G.C.M. e R.M.S. recolheram o revólver calibre 38 que estava em poder de Joadir, e verificaram que o mesmo ainda encontrava-se com vida. Novamente o Samu foi chamado ao local para socorrer o baleado. Os guardas carregaram JJ para o fim da escadaria para aguardar a ambulância que o removeria para o Pronto-Socorro Central.
Segundo consta no Boletim de Ocorrência, Joadir teria dado entrada no PS com vida, porém, após os primeiros socorros, ele não teria resistido ao ferimento e morreu.
Uma enfermeira encontrou dentro do bolso da calça do homem, envoltos por uma meia, três cartuchos íntegros, um picotado, e dois deflagrados, além de uma porção pequena de maconha.
A ocorrência que teve início por volta das 20h foi apresentada no 1º Distrito Policial por volta das 22h30 pelos guardas-civis. Durante o depoimento, o delegado de plantão solicitou que as armas dos quatro oficiais envolvidos fossem recolhidas e encaminhadas ao setor de balística a fim de serem periciadas, além do revólver apresentado de posse de Joadir.
Foragido
Segundo registros da Polícia Civil, Joadir da Silva já tinha diversas passagens pela polícia como furto, tentativa de homicídio, tráfico de entorpecentes, entre outros. O homem que teria sido preso no ano de 2002, tinha 6 anos, 10 meses e 20 dias de pena para cumprir, contudo, ele teria fugido da prisão em 8 de agosto de 2005, e, desde então nunca mais foi recapturado.
Nota oficial
A secretaria de Segurança Urbana (Segur) informou que a troca de tiros na Topolândia, na noite de segunda-feira, ocorreu depois que o suspeito efetuou disparos contra a guarnição da Guarda Civil Municipal (GCM). No revide, o homem foi morto pela guarnição. Ainda de acordo com a Segur, os GCMs permanecerão em serviços administrativos até o esclarecimento do caso, além disso, passarão por acompanhamento psicológico.
A assessoria de imprensa da prefeitura esclareceu ainda que a Guarda Civil Municipal atua armada em defesa do patrimônio público e dos munícipes, estando devidamente regularizada junto a Polícia Federal e ao Ministério do Exército, e que ela age no estrito cumprimento do dever legal, segundo o decreto Federal nº 5.123 de julho de 2004. Ainda assim, salientou que a GCM é soberana em suas ações, e que não necessita da permissão de nenhum outro órgão para fazer cumprir a lei.
Fonte: Jornal Imprensa Livre do dia 07/03/2012
JOEL COSTA
GESTOR DE SEGURANÇA PÚBLICA
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