A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou na última quinta-feira (15/03) o relatório “Mortalidade atribuída ao Tabaco”, em que pesquisadores usam pela primeira vez dados de 2004 – ano anterior às restrições em publicidade e promoção do fumo – para calcular o número anual de mortes associadas ao fumo, estimado em 5 milhões. Isto representa uma morte a cada seis segundos e, caso não sejam tomadas medidas adequadas, um bilhão de pessoas podem morrer ainda neste século.
A pesquisa cobre a mortalidade do uso direto de cigarro entre adultos de 30 anos ou mais, sem considerar crianças, jovens e as mortes indiretas. Os dados se referem ao ano de 2004, anterior à Convenção-Quadro da OMS sobre a Luta Anti-Tabaco entrar em vigor e requerer restrições para o setor.
Cerca de 5% de todas as mortes por doenças transmissíveis em todo o mundo e 14% das mortes decorrentes de doenças não transmissíveis entre adultos foram atribuídas ao tabagismo. “Embora muitas pessoas associem o tabaco a doenças não transmissíveis como o câncer, doenças respiratórias e cardíacas, o tabaco é também uma grande causa de doenças transmissíveis. A tuberculose está sendo avaliada como um caso em que a doença fica em estado dormente ou latente até ser ativada pelo uso do tabaco”, disse a Diretora-Geral Assistente da OMS encarregada de Doenças não Transmissíveis e Saúde Mental Ala Alwan.
As regiões com o maior número de mortes por uso de tabaco são as Américas e a Europa onde o consumo ocorre há muito tempo. Doenças cardiovasculares são mais prováveis de ocorrer entre adultos mais jovens. Quase 40% das mortes de adultos resultantes de doenças isquêmicas do coração no grupo etário 30-44 foram consideradas atribuíveis ao tabagismo, enquanto 71% das mortes por câncer de pulmão estavam ligadas ao uso do tabaco.
“A menos que ações vigorosas sejam tomadas para encerrar a epidemia do tabaco, um bilhão de pessoas são projetadas para morrer nesse século”, disse Alwan, pedindo que todos os países se insiram no âmbito da Convenção-Quadro sobre controle de tabaco.
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