quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nova ministra diz que aborto é questão de saúde pública

Eleonora Menicucci ponderou, porém, que

debate sobre o assunto cabe ao Legislativo

Da Agência Brasil

Da Agência Brasil

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A professora e

socióloga Eleonora Menicucci, indicada pela presidente

Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Políticas

para as Mulheres, disse nesta terça-feira (7) que

considera a discussão do aborto no Brasil uma

questão de saúde pública.

- Não é uma questão ideológica, é uma questão

de saúde pública, como o crack e outras drogas,

a dengue, o HIV e todas as doenças infectocontagiosas.

Eleonora, que vai substituir Iriny Lopes, lembrou

que o aborto é a quarta causa de mortalidade

materna e a quinta entre as internações no país.

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Hoje, durante uma entrevista coletiva, ela se

mostrou pessoalmente favorável à descriminalização

do aborto, mas destacou que, a partir do

momento em que aceitou o convite para ser

ministra, passou a assumir a posição do governo

em relação ao assunto.

- Minha posição pessoal, a partir de hoje, não

diz respeito, não interessa. A matéria da legalização

ou descriminalização do aborto é uma matéria

que não diz respeito ao Executivo, mas ao Legislativo.

Segundo Eleonora, que deverá tomar posse na

próxima sexta-feira (10), uma das prioridades

da pasta será dar continuidade ao combate à

violência doméstica e sexual.


Ela defendeu,
entre outras medidas, a punição de estupradores,
mesmo quando a vítima não procurar a delegacia
para fazer a queixa. O assunto deverá ser apreciado
pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nesta quarta (8).

A ministra Iriny Lopes, que deixa o cargo para
concorrer à prefeitura de Vitória (ES) nas eleições
municipais de outubro, também participou da
coletiva e fez um balanço de sua gestão no ano
passado. Segundo ela, 100% do orçamento
destinado à secretaria foram executados.

- Nenhum ministério acha suficiente os recursos
que tem. Porém, não fomos afetados.

Sobre a sucessora, ela avaliou que Eleonora tem
experiência na área administrativa e na defesa
dos direitos das mulheres.

- Saio para cumprir essa tarefa [concorrer à
prefeitura de Vitória], com a concordância e o
apoio da presidente. Isso foi amplamente discutido
com ela e foi o que motivou a decisão da minha
saída. Farei o que é natural fazer nesses processos.
Retomo meu mandato de deputada federal e,
dentro do prazo que a lei eleitoral permite,
intensificarei as conversas, os diálogos com os
partidos no meu Estado e na minha cidade.

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