Serviços que combinemacesso à energia modernapara aquecimento, eletricidade e alimentação com medidas que gerem dinheiro, renda complementar e melhorem a saúde e a educação podem ser as soluções energéticas mais efetivas na Ásia e no Pacífico. A avaliação é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que publicou nesta quinta-feira (19/1) o relatório “Rumo a uma abordagem de ‘Mais Energia’ para os pobres”.
O estudo confirma que não pode haver desenvolvimento sem energia, bem como a pobreza não pode ser enfrentada de forma sustentável sem prestar a devida atenção aos serviços energéticos.
“Frequentemente os serviços não estão acessíveis para a população pobre do campo e das áreas urbanas”, disse o chefe da equipe regional do PNUD para clima, energia e meio ambiente na Ásia e no Pacífico, Martin Krause. “Os pobres precisam de apoio para gerar renda, o que tornará a energia acessível, o que por sua vez melhorará sua qualidade de vida”.
Quase metade da população mundial não possui acesso seguro aos serviços de energia moderna e mais de 20% – ou 1,4 bilhão de pessoas – permanecem sem eletricidade. Ainda segundo o PNUD, cerca de 2,7 bilhões de pessoas – ou 40% da população mundial – dependem de resíduos de carvão, de madeira ou de animais para cozinhar e para o aquecimento.
Em 2030, observa o documento, a poluição do ar doméstico pela utilização de biomassa em fogões ineficientes poderia causar mais de 1,5 milhão de mortes por ano.
A ausência de acesso a energia e seu impacto na saúde, educação e renda continua a ser uma causa significante de pobreza crônica.
No entanto, ressalta o relatório, “serviços de energia não reduzem por si só a pobreza”. Em vez disso, podem “transformar as pessoas de ‘pobres sem acesso a energia’ para ‘pobres com acesso a energia’.
“Isso ocorre porque os serviços de energia fornecidos não abrem oportunidades para que as famílias pobres aumentem os seus rendimentos. Portanto, os recursos necessários para adquirir serviços modernos de energia continuam a ser limitados, e os programas de energia são forçados a depender de subsídios perpetuamente insustentáveis”, observa o relatório.
Acesse o documento clicando aqui.
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