sábado, 3 de dezembro de 2011

Observatório contribui na elaboração de relatório sobre combate às drogas



As pesquisas, estudos e levantamentos que integram o Observatório
do Crack lançado pela Confederação Nacional de Municípios
(CNM) com o objetivo de mostrar a realidade das drogas no
país estão contribuindo na elaboração do relatório final da Comissão
Especial de Políticas Públicas de Combate às Drogas, da
Câmara dos Deputados. O Sistema de Informações que a
CNM montou e continua recolhendo dados mostra que o crack se
espalhou e faltam ações de combate, de prevenção e de tratamento.

A comissão deve encerrar os trabalhos no inicio de dezembro com
a votação do relatório. Depois deve ser criada outra comissão para
estudar projetos de sei sobre o tema. O relator da comissão,
deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) adianta que o relatório
está quase pronto e que o Observatório do Crack da CNM
está sendo de grande importância para consultas e informações.
Um pré-relatório será distribuído aos 51 parlamentares da
comissão que apresentem sugestões. O relator quer evitar
emendas que atrasem a aprovação final do documento. “São
aproximadamente mil páginas de contribuições para que seja
criada uma política nacional de combate às drogas”, antecipa.

A decisão do governo de lançar um programa de combate às
drogas na próxima terça-feira, 29 de novembro, foi duramente
criticada pelo relator. O parlamentar considerou um desrespeito
ao parlamento já que a comissão estuda o assunto há oito
meses, fez 40 viagens para cidades do Brasil e do exterior
para conhecer experiências de outros países, e não foi ouvida,
“o mesmo acontecendo com a CNM que tem um grande trabalho
sobre o crack”, lamenta. Para Carimbão, lançar um programa
sem ouvir deputados e outros entes, é inaceitável. “Esse
plano é um engodo. Tive a oportunidade de ver a proposta
do governo e não nada de prevenção e nem de
reinserção”, garante.

O presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG)
destacou a importância do Observatório do Crack, lançado pela
CNM. “Será uma fonte de consulta permanente pela sua
atualização e dados de todo o Brasil”, destaca. Disse
concordar com a afirmação do presidente da CNM, Paulo
Ziulkoski de que as cidades brasileiras não estão preparadas
para enfrentar as drogas, em especial o crack. Segundo
ele, não há profissionais capacitados, nem infraestrutura para
acolher os dependentes químicos.


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