Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
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A Guarda Civil Municipal de Santo André realizou passeata ontem reivindicando a equiparação salarial com agentes de trânsito. A manifestação com apitaço iniciou em frente ao prédio do Executivo e seguiu até o tradicional calçadão da Rua Oliveira Lima. A ação, que reuniu cerca de 100 guardas, é usada para pressionar o prefeito Aidan Ravin (PTB) a atender pedido da categoria.
O salário-base da guarda está fixado em R$ 1.200. A classe tem se mobilizado há cerca de 30 dias no Legislativo para que a remuneração passe a R$ 1.900.
A corporação não descarta a possibilidade de paralisação nos serviços. "Vai depender de comissão que teremos amanhã (hoje). Cerca de 80% da guarda apoia a iniciativa, respeitando os 30% de contingente", avisou Carlos Alberto Pavan, um dos líderes do movimento. O efetivo é de cerca de 600 guardas. A hipótese de greve surgiu após a corporação considerar infrutífera reunião na sexta-feira com o governo municipal e desrespeitosa a atitude do secretário de Assuntos Jurídicos, Niljanil Brasil. "Ele mandou os guardas que estiverem descontentes pegarem o boné e sair. Isso representa desconsideração com a classe", disparou Pavan.
A guarda argumentou que depois de encontro na Prefeitura, Aidan sustentou que a reivindicação é justa, mas que seria preciso estudo para atestar a necessidade do aumento, sem dar prazo para apresentar qualquer proposta para a GCM. A reclamação é de desvalorização da categoria devido à exigência de nível de Ensino Fundamental completo, mas recebe salário referente a quem possui Fundamental incompleto.
Aidan concedeu recentemente adicional de risco de vida de 25%. A guarda, contudo, pleiteava 40%. "Quando o prefeito estava em campanha ele prometeu que iria atender em 40% o risco de vida. Só que reajustou apenas de 18% a 25%", lastimou Pavan. "O Aidan cedeu só meio termo. Entretanto, a categoria verificou que está ganhando muito pouco", disse Fátima de Carvalho, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André.
O secretário de Gabinete da Prefeitura, Nilson Bonome, afirmou que a administração petebista está disposta a manter diálogo para evitar a greve. "É uma situação para levar a conhecimento dos envolvidos e fazer discussão para que esse tipo de ação (paralisação) não aconteça."
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