
O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) começa neste mês a levar juízes aos locais em que se concentram os usuários da droga. O objetivo é promover uma audiência para definir, junto com equipes médicas e de assistência social, o tratamento que deve ser dado aos dependentes.
As primeiras comitivas do tribunal devem ir até a Cracolândia, no centro da capital. Lá, centenas de dependentes de crack usam a droga dia e noite em ruas e calçadas próximas à estação da Luz. “Vamos começar por lá e se der certo podemos percorrer as outras cracolândias da cidade e do Estado”, disse o desembargador Antônio Carlos Malheiros, coordenador da área de infância e juventude do TJSP.
A intenção é que equipes formadas por juízes, defensores públicos, médicos e assistentes sociais caminhem juntas e abordem jovens da região. Os profissionais examinarão o estado do usuário de droga, pedirão informações sobre seus pais e, caso necessário, determinarão que ele seja encaminhado a um tratamento ou para um abrigo municipal. “Internação compulsória só em último caso”, disse o desembargador.
Para o presidente do Coned-SP (Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas de São Paulo), Mauro Aranha de Lima, a integração das várias instâncias do poder público é melhor forma de atender os dependentes químicos. “Os projetos estão saindo e espero que, a partir do ano que vem, possamos prestar um atendimento melhor aos dependentes químicos”, afirmou Antônio Carlos.
São Paulo conta hoje com 349 leitos dedicados à internação de dependentes químicos. O número é pequeno em relação à demanda, avalia o Tribunal de Justiça.
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