segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ser bom?


Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana











Apesar de ser um homem um tanto quanto preguiçoso, procuro
sempre me atualizar, leio bastante, estou sempre navegando na
internet lendo artigos e/ou reportagens dos mais diversos tipos,
sempre me atualizando, afinal a notícia de hoje é a informação
de amanhã. O que é um fato hoje será usado amanhã para
estatísticas, estudos e etc.

E devido à função que exerço, tenho contato com muitas pessoas,
algumas não são de meu agrado, outras me deixam muito feliz,
mas far-se-á o que não é mesmo? Não podemos ter tudo e,
além do mais, são as pessoas difíceis que nos preparam para
a vida, que nos ensinam, que fortalecem nosso espírito de luta.

Nestes tempos estava lendo um artigo onde o autor filosofava
sofre um determinado assunto e minha mente viajou lá para
o início dos tempos, quando eu era um garoto de vinte
e dois anos, tinha acabado de ingressar na GCM, os
tempos eram outros, o serviço exercido era bem diferente,
as necessidades e dificuldades eram grandes, a lei era bem
mais flexível para o GCM, PM ou Civil, mas também era
igualmente flexível para o meliante. Algumas coisas horripilantes
aconteciam sob a certeza da impunidade e muitos lendários
criminosos e policiais fizeram fama devido a isto.

Mas, não é sobre isto que quero discursar...estava certa
feita em pé na unidade em que trabalhava, uniformizado,
garboso (não tinha barriga, era atlético), os metais brilhavam,
e estava conversando com uma GCM-F “antigona”, a GCM
existia a 7 anos até então e quem possuía três anos ou mais
já era antigo, e falávamos de GCM’s que tinham sido
recentemente promovidos ao cargo de Classe Especial e ela
me falou sobre liderança. Me explicou a diferença de “Líder
Nato” e “Líder Imposto” e exemplificou citando dois recém
promovidos, onde o líder nato conduzia o efetivo através da
simpatia, do carisma exercido, do exemplo.

O líder imposto usava da força do cargo, do “faça o que eu
mando”, do “eu sou o chefe” e etc.

Nunca me esqueci daquelas palavras e exemplos, e infelizmente
não temos tantos lideres natos, mas sobram lideres impostos.
Embora a matéria “Chefia e Liderança” esteja presente na
grade de muitos cursos de graduação, entenda aqui por
“graduação” como “elevação de grau”, pode ser tanto
hierárquico como formação educacional, ainda é uma matéria
para “inglês ver”, embora nas empresas de médio e grande
porte seja aplicada e cobrada, em outras é apenas para
“encher currículo”.

São necessários lideres natos, aqueles que devemos olhar
como exemplos a seguir e não nos envergonhar ao apontar
para ele, termos orgulho de apresentá-los ou comentar sobre
os mesmos. Termos ciência de suas fraquezas e pontos
fortes, pois eles sempre nos mostram que são seres humanos
e como tal, possuem falhas também, mas suas qualidades
superam suas fraquezas, e isto nos faz querer aprender com
eles, caminhar com eles e com isso, nos melhoramos a cada
dia e impulsionamos a eles que se melhorem também, pois o
líder tem que ser superior ao liderado na parte do conhecimento
e experiência adquirida, não apenas “Patente”.

E pensando neste lideres natos e impostos, me veio à
lembrança uma outra definição de pessoas passada por um de
meus chefes, e olha que eu me considero um ser privilegiado
pois no geral, as pessoas que possuem cargos de chefia
a que estou diretamente subordinado, são altamente
gabaritados pela vida e pessoas de nível profissional e
moral elevados e um deles disse:

“Eduardo, há dois tipos de pessoas: As pessoas que
se esforçam em ser boas, mas a índole delas é má e elas
sabem disto, e elas praticam a maldade de forma ciente,
mas para disfarçar a maldade que lhes é nata, procuram
falar coisas boas e fazer coisas boas. E existem as
pessoas boas, algumas delas até procuram ter
atitudes mais duras para que outras pessoas não se
aproveitem dela, mas possuem a essência boa e se
condenam por não conseguir ajudar as vezes, e ter que
ser duras as vezes.”

Foi uma ótima definição sobre a índole humana, e também
acolhi este ensinamento. Às vezes me pergunto:

Sou um líder nato ou imposto?

Sou uma pessoa boa que faço coisas ruins às vezes ou sou
uma pessoa ruim que faço coisas boas às vezes?

Mas não serei eu que responderei.

É claro que me esforço para ser um líder nato, e me acho
uma boa pessoa, mas minha opinião não é válida...então
procuro me basear na fé que cultivo, nos bons princípios, nos
bons exemplos...espero que consiga, procuro colocar minha
cabeça no travesseiro e não ter a dor na consciência de ter
prejudicado a alguém de forma injusta ou por puro “prazer
masoquista”, procuro ser justo, andar no caminho da luz.
Então meus colegas de existência, fica aqui mais um
depoimento e divagação deste para, quem sabe, vossas
divagações e auto avaliação.

Percebam que não sou autor de nada, apenas usei o
conhecimento para expor um pensamento e
aproveito e lhes pergunto:

Será que somos pessoas boas ou pessoas más?

Será que somos lideres natos ou lideres impostos?

Será que queremos que nossos exemplos ecoem?

Fraterno abraço a todos e que o GRANDE
CRIADOR sempre nos ilumine!

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