quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Economia verde demanda melhoria da qualificação profissional, aponta relatório da OIT


Para explorar o potencial da nova economia verde, o mundo vai precisar de novas competências profissionais. A conclusão é do último relatório “Competências profissionais para empregos verdes: Uma visão da situação mundial”, realizado pelo Departamento de Conhecimentos Teóricos e Práticos e Empregabilidade (EMP/SKILLS) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em colaboração com o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional (CEDEFOP). Foram 21 países estudados, incluindo o Brasil.

O Brasil foi lembrado como um país em transição para uma economia de baixo carbono, principalmente por sua legislação ambiental desenvolvida. Em relação às ofertas de trabalho, o relatório aponta a ampliação da oferta para engenheiros e técnicos com potencial para diminuir impactos ambientais; procura por trabalhadores da indústria tradicional para ocupar vagas geradas pelo crescimento da economia verde; desenvolvimento de estratégias para designers de veículos de concepção verde e especialistas em reciclagem.

A carência de competências laborais já constitui um importante obstáculo na transição rumo à economia verde. Entre os fatores responsáveis pela escassez estão o baixo crescimento da eficiência energética na construção de edifícios; falta de cientistas e engenheiros; e a falta de atração de alguns setores, como a gestão de desperdícios.

O relatório aponta três diferentes competências profissionais necessárias: reestruturação verde, que implica transferir, em nível industrial, atividades de muito carbono a padrões de produção mais ecológicos; novas ocupações pela adoção de regulações e o desenvolvimento de tecnologias; mudança de perfis das competências dos trabalhos existentes, tendo como resultado a mudança do rumo a processos de produção e locais de trabalho mais verdes.

Também são citadas questões de desemprego e a não aplicação de normas ambientais já estabelecidas. O estudo defende que as novas oportunidades de emprego verdes não serão aquelas que perderam seu trabalho na indústria tradicional. E a relação entre novos postos e a legislação ambiental caiu num ciclo vicioso. A deficiência na aplicação das leis diminui os incentivos em investimentos nas novas competências laborais. Já a falta de incentivos na economia verde agrava a implementação das normas.

Para conferir o relatório completo, clique aqui.

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