Professora aciona Guarda Municipal e menino de 3 anos vai parar na delegacia



A Guarda Municipal (GM) de Piracicaba, a 168 km de São Paulo, foi chamada na manhã desta quarta-feira até a creche Branca de Azevedo, na Rua do Rosário, no Centro da cidade, para conter um menino de 3 anos de idade durante uma briga com a professora. De acordo com a GM, a educadora reclamou que a criança havia lhe dado um chute, além de ter dado um soco em um vidro da sala. O caso foi parar na delegacia. As informações são da EPTV.

A avó da criança, Rute Camargo, reclamou da maneira como o caso foi tratado.

- Me ligaram e eu fui até a creche. Meu neto é hiperativo, ele realmente dá mais trabalho. Mas eu cheguei aqui e ele, uma criança de 3 anos, estava sendo tratado como se fosse um bandido, com três guardas municipais em volta da cadeira em que ele estava sentado. Isso é um absurdo - contou.

"eu cheguei aqui e ele, uma criança de 3 anos, estava sendo tratado como se fosse um bandido"

- Precisava ter chamado a GM e ter feito tudo isso? É uma criança - questionou.

Rute disse, ainda, que o garoto está na creche desde março de 2010. Questionada se outros fatos semelhantes envolvendo o neto já aconteceram no local, ela explicou que a troca de uma professora trouxe os problemas.

- Nunca tinha tido problema antes. Trocou uma professora daqui e começou com isso. Quase toda semana alguém liga da creche agora reclamando dele. Estão perseguindo meu neto - disse.

- Nós fomos para a delegacia registrar o boletim de ocorrência do caso, pois não é a primeira vez que isso acontece, segundo os relatos - disse o comandante do pelotão escolar da GM, Narzi.

Foram também para a delegacia a professora envolvida, a diretora e a assistente social da creche, a avó e a mãe da criança, além do próprio garoto.

O boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) como ocorrência não-criminal. Segundo o delegado que atendeu o fato, Haroldo Fernando Amaral, uma cópia do registro será encaminhada para o Conselho Tutelar e para a Vara da Infância e Juventude para que os órgãos ajudem e orientem a mãe da criança.

A diretora da creche e a professora não quiseram falar com a equipe da EPTV.

- Estou orientada a não dizer nada. Não posso te falar nem o nome da diretora - disse uma funcionária que atendeu a ligação.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba informou que a creche é particular e não faz parte do quadro de instituições mantidas pela cidade.



O Globo
Redação

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