De acordo com o ofício enviado à Alerj, o ex-cabo da PM Carlos Ary Ribeiro, o Carlão, estaria articulando o assassinato de Freixo. O ex-policial está desaparecido desde o início de setembro, quando fugiu do Batalhão Especial Prisional (BEP). Segundo o documento da Coordenadoria de Inteligência, Carlão receberia R$ 400 mil para matar o deputado. O miliciano já teria informações sobre a rotina, os horários e trajetos percorridos pelo parlamentar.
O pagamento pela execução seria feito pelo também ex-PM Tony Angelo de Aguiar, o Erótico, apontado pelo Ministério Público do Rio como um dos líderes da milícia Liga da Justiça - grupo paramilitar mais antigo em atividade no Rio e que foi criado pelos ex-deputado Natalino Guimarães e o ex-vereador Jerônimo Guimarães, o Jerominho. Os dois são irmãos, ex-inspetores da Polícia Civil e estão cumprindo pena de 10 anos em presídio federal fora do Rio.
"Recebemos vários informes do Disque Denúncia. Plano identificado pelos serviços de inteligência não aparecia há algum tempo. Mas a coisa piorou desde a morte da juíza Patricia Acioly. As ameaças aumentaram. Se fizeram com uma magistrada, por que não fariam com um deputado?", questionou o parlamentar.
Segundo Freixo, apesar de ter prendido milicianos, o governo do Rio ainda não fez nada contra a estrutura econômica dos paramilitares. "Fizemos na CPI 58 propostas para enfrentar o poder econômico e político das milícias. Nada mudou até agora. Além de prender esses bandidos, tem que tirar o poder aquisitivo que vem do gatonet (exploração de sinal clandestino de TV a cabo), da venda ilegal de gás, do domíniosobre o transporte alternativo", alertou Freixo.
O caso chamou a atenção do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que participou de evento sobre segurança hoje na Associação Comercial do Rio. Para ele, o País precisa de uma política "mais efetiva e mais eficaz" para a proteção de parlamentares, juízes e membros do Ministério Público ameaçados. "Acho que estamos ainda aquém daquilo que precisamos fazer", declarou Cardozo, no Rio. Segundo o ministro, o efetivo da Polícia Federal não é suficiente hoje para cobrir autoridades estaduais em todo o País. "Até para as (autoridades) federais temos insuficiência", disse
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