Ex-presidente passa hoje por 1ª sessão de quimio contra câncer na laringe e está confiante
Em entrevista coletiva no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta segunda-feira (31) o tratamento de quimioterapia contra um câncer na laringe, a equipe médica disse que o tumor é o mais comum e as chances de cura são muito boas.
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O oncologista Paulo Hoff, um dos médicos que acompanha Lula, afirmou que a biópsia feita no sábado (29) eliminou a possibilidade de tumor mais raro. Segundo ele, as dúvidas sobre o diagnóstico é praticamente zero, o câncer está na fase intermediária, relativamente inicial, e o grau de agressividade é médio.
Os médicos optaram pela quimioterapia, seguida de radioterapia, por ser menos danosa e ter resultados praticamente iguais aos de uma cirurgia. O cirurgião especialista em cabeça e pescoço Luiz Paulo Kowalski disse que há pelos menos 15 anos os médicos preferem evitar a cirurgia, que poderia tirar parte das cordas vocais.
- A quimioterapia oferece as mesmas possibilidades de cura, e tem a possibilidade de preservar a laringe.
O médico cardiologista Roberto Kalil, que sempre acompanha Lula, informou que ele levou um choque ao descobrir o câncer na laringe, mas está reagindo bem agora.
- Ele está extremamente confiante.
Hoje, o ex-presidente vai começar a receber um coquetel de medicamentos por meio de um cateter, um cano de aproximadamente 10 mm de diâmetro. Por 120 horas, Lula carregará uma bomba de infusão, uma espécie de bolsa, que injetará os remédios na corrente sanguínea. Ele deve passar a noite no hospital e ir para casa amanhã de manhã, após passar por exames. O próximo boletim médico só deve ser divulgado após a saída de Lula do hospital.
De acordo com Hoff, para todos os pacientes, o tratamento é agressivo.
- O paciente terá os efeitos usuais, incluindo a queda de cabelo.
O oncologista Artur Katz disse que Lula poderá levar uma vida relativamente normal durante o tratamento, evitando apenas forçar a voz.
- Não tem restrição quanto à fala, deve poupar a voz pelo esforço, mas ele não terá dificuldade em retomar a vida normal em breve.
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