Eles participaram de curso de utilização de armas, direção defensiva e proteção de dignitários; custos foram bancados pelos participantes.
Por: Gilberto Ferreira
Jornal de Piracicaba
Quatro Guardas Civis de Piracicaba participaram de um curso de utilização de armas, direção defensiva e proteção de dignitários realizado em Bogotá na Colômbia. Além do aprendizado os integrantes da Guarda Civil ganharam dois troféus de 6º e 7º lugares, em categorias de disputas de atividades policiais realizadas ao final do curso, que durou uma semana e foi ministrado por integrantes do exército colombiano.
Os guardas passaram por treinamentos de táticas e operacionais urbanas e na selva com policiais de diversos países latino-americanos como Bolívia, Venezuela, Chile e outros guardas brasileiros da cidade de Americana e Limeira. De Piracicaba participaram os guardas Gissom Amorim Costa, 37 Vagner Benedito, 45, Claudemir Batista Leal 44 e Silas Romualdo Junior, 28. O grupo disse que não teve dificuldade com a língua espanhola, pois tinham noção básica e alguns professores tinham relações com a embaixada brasileira no país. Eles serão multiplicadores das idéias do curso para outros integrantes da GC de Piracicaba.
O guarda civil Gissom Amorim Costa ficou admirado com a organização do sistema de segurança pública colombiano, centrado de uma polícia nacional com funções distinta. “O que nos chamou a a tenção é que mesmo sendo um pais com tantos conflitos armados e ameaças de terrorismo, eles ainda conseguem trabalhar com uma representatividade de policia comunitária”, disse Costa, afirmando que o lado positivo de fazer esse curso foi a aquisição de conhecimento baseado em uma cidade como Bogotá, que já foi um das cidades mais violentas do mundo e hoje figura entre os modelos de redução de criminalidade por meio de políticas públicas de segurança.
Os guarás notaram algumas diferenças culturais relacionadas ao uso de armas. “Lá eles utilizam armas de guerra como pistolas 9 milímetros e fuzis” , afirmou Costa dizendo que no Brasil, essas armas são de uso restrito do Exército Brasileiro e de forças policiais especiais. Outro detalhe percebido pelos alunos foi o impacto dos aspectos da guerra civil colombiana, ainda muito latente no imaginário coletivo.
Os homens da GC afirmaram que perderam aproximadamente quatro quilos por conta das atividades na selva. Uma delas consistiu em fazer uma caminhada de aproximadamente 1.200 metros, durante a noite, em meio à mata, com todos os integrantes de olhos vendados. “Essa foi a prova de confiança, que tinha o objetivo de trabalhar o lado psicológico da atuação em equipe, equilíbrio e o controle do estresse em situações de alto risco”, explicou Costa.
Todo custo das aulas foi pago pelos próprios guardas que gastaram um total de US$ 1.200, cada um. Eles receberam apoio da Prefeitura de Piracicaba para obter liberação para se ausentar do país e realizar o curso.
Fonte: Jornal de Piracicaba - na íntegra
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