sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Observatório do Crack - Ferramenta de Gestão dos Municípios




Com base nas demandas municipais e na pesquisa realizada
pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 2010,
e ainda, pela necessidade de se obter informações confiáveis
sobre a circulação e o consumo de drogas nas cidades
brasileiras, a CNM se propôs a implantar um observatório
permanente sobre o crack e outras drogas.

Essa é mais uma ferramenta fundamental para a gestão de
ações municipais intersetoriais. O Observatório do crack
dispõe de informações completas da pesquisa realizada pela
CNM em 2010, por Município – Mapeamento do crack nos
Municípios brasileiros –, o que possibilita uma avaliação da
situação enfrentada por cada ente municipal, orientando a
gestão local para a estruturação e organização de ações
e serviços de monitoramento e controle do crack e outras drogas.

O Observatório do crack também tem a finalidade de
captar e manter informações atualizadas e seguras por
Município sobre a situação real da circulação e consumo
de drogas, bem como sobre as políticas locais de enfrentamento
ao crack e outras drogas, as estruturas assistenciais,
os programas, as iniciativas inovadoras, o financiamento
e as experiências bem sucedidas.

As informações serão inseridas a atualizadas periodicamente
pela equipe municipal, que terá acesso livre as suas
informações e ficará responsável pelas mesmas. A CNM
manterá todas as informações em ambiente seguro do
Observatório e publicará apenas os dados gerais por Município.

O acesso facilitado a essas informações subsidiará estudos
e pesquisas, a avaliação, o planejamento e a tomada de
decisão da gestão local, regional, estadual e nacional.



Mensagem do Presidente

De acordo com a pesquisa publicada pela CNM, 98%
das cidades brasileiras estão enfrentando problemas com a
circulação ou consumo de crack e outras drogas, e até
o momento poucos Municípios receberam apoio dos
governos estadual e federal.

Como divulgado pelo governo federal, o Plano emergencial
de enfrentamento ao crack, lançado pelo então Presidente
Lula em maio de 2010, não chegou nos Municípios. Dos
R$ 410 milhões previstos para ações no ano passado, foram
executados pouco mais de R$ 80 milhões.

Essa é uma situação que se apresenta como mais um desafio
para a gestão municipal. Um problema social que
demanda ações integradas e intersetorializadas, envolvendo
as três esferas de governo e os diversos segmentos públicos
(segurança pública, saúde, educação, assistência social,
cultura, turismo); sociais (associações de pais, de bairros,
de classes profissionais, sindicatos, conselhos); e
privados (empresas, indústrias, comércio em geral).

Para enfrentar o uso do crack e outras drogas nos nossos
Municípios são necessárias ações de prevenção, promoção e
recuperação da saúde dos usuários, assim como repressão
à circulação de drogas. O envolvimento e a participação da
sociedade é fundamental para a política de enfrentamento ao
crack e outras drogas.

O problema não escolhe idade, cor, raça, religião ou situação
econômica. Pode estar na casa de qualquer cidadão brasileiro.
Por isso, é importante a participação de todos os gestores e
o envolvimento maciço das comunidades.

Ações isoladas de iniciativa dos gestores municipais estão
sendo desenvolvidas, na sua maioria com recursos próprios, o
que não é suficiente para atender uma demanda crescente
e considerada de âmbito nacional.

É necessária a participação da União e dos Estados e a
implementação de uma política que contemple todos os
Municípios brasileiros.

Vamos agir! Juntos podemos superar mais esse problema que
assola a nossa sociedade.

Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM


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