sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Agenda 2013 – Sucessão Municipal – Gestores Públicos


Autor: Wagner Pereira
Classe Distinta da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo
Bacharel em Direito

As eleições municipais de 2012 é a
esperança de mudança para vários
segmentos da sociedade e de várias
categorias de servidores públicos, porém
não fica claro o que precisa ser revisto
ou criado, pois reclamar somente não basta,
precisamos impedir o avanço de políticas de
governo que atendem interesses partidários
e começar a planejar e efetivar políticas
públicas voltadas à solução dos problemas que tornam
caótica a convivência nos diversos municípios do país.

Teremos que aturar mais uma vez os eternos candidatos, até
então hibernados, que voltarão com a volúpia que resiste
somente durante o pleito, mas apregoam a necessidade de
união, de ter um representante da categoria no parlamento
para mostrarmos nossa força, delongas vazias e repetidas
que já não despertam interesse.

Na Paulicéia a mudança poderá ser radical, pois os
principais órgãos de gestão foram destinados aos Oficias
da Reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
chegando ao ponto de se ter mais Coronéis na Prefeitura do
que no Governo do Estado, fato amplamente
abordado pela mídia.

Inegável, que os casos de corrupção diminuíram, existindo
até o momento alguns casos isolados, o que pode ser
encarado como uma façanha, pois desde as antigas
Administrações Regionais estes eram órgãos públicos
marcados por escabrosos escândalos de corrupção, não
podemos esquecer o apoio de aproximadamente 4.000
Policiais Militares para executar os serviços de polícia
administrativa do Município.

Inegável, também, que a autonomia na gestão dos serviços
públicos municipais não é plena devido aos convênios
celebrados com o Governo do Estado, o principal deles
e a manutenção da atividade delegada, que possui
custo elevadíssimo, porém, tanto Prefeitura quanto Estado
se pronunciam satisfeitos com a parceria, que se
expande em outros segmentos como a zeladoria municipal,
SAMU, permitindo a entrada do Sistema de Informações
Operacionais da Polícia Militar – SIOPM como
gerenciador do serviço de atendimento do serviço 156 e
das Comunicações da Guarda Civil Metropolitana.

Caso o novo prefeito entenda que deva promover mudanças
para readequar as diretrizes do orçamento municipal, poderá
gerar uma crise institucional ao Estado, pois reduzirá
significativamente os salários dos Policiais Militares e
diminuirá sua visibilidade pelas ruas da Metrópole, que
provavelmente será um contratempo dependendo do
posicionamento da oposição no parlamento.

A substituição dos profissionais oriundos do Estado
poderia ser uma oportunidade aos inúmeros funcionários
de carreira que há anos carregam os serviços públicos nas
costas, mas que geralmente são pessimamente
remunerados e são constantemente utilizados como
bodes expiatórios pela ineficiência de servidores
comissionados por critérios e interesses políticos.

Temos que pensar em janeiro de 2013, elaborando projetos
que promovam melhorias gerais nos serviços públicos
em geram e que atendam o interesse público e não político.

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