João Cabral de Melo Neto, poeta Brasileiro, expoente das
letras pátrias tão bem ilustrou o sofrimento dos sertanejos
em sua poesia "Vida e Morte Severina", nós Guardas
Municipais também somos "Severinas", nascidos da boa
vontade politica de Prefeitos, vivemos espremidos entre as
paredes que se fecham pelo ranço da mesma politica
que nos cria, pelas mágoas traiçoeiras vindas muitas
vezes do serviço que temos de prestar, muitas vezes
em desfavor de interesses da mesma politica.
Como a sertaneja Severina, nós também morremos um
pouco todos os dias, seja dos maus tratos a que somos
submetidos, seja pelos acordos feitos nos esconderijos
escuros dos porões fétidos pelo mau cheiro da moral
apodrecida, das desavergonhadas mentiras cantadas
em versos e prosas, seja pelo simples fatos de
sermos MUNICIPAIS.
Ganham tanto, se apropriam de tanto, se locupletam de
tanto, se envaidecem tanto, são tão importantes em suas
caras roupas bem cortadas, e negam tão pouco, mas como
nós que somos Severinas, também tem o mesmo destino
trágico da morte politica, da mesma politica que usam para
matar sonhos e esperanças..
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