segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ibirapuera será monitorado por 11 câmeras


Categoria: Segurança

LUÍSA ALCALDE

A Prefeitura vai instalar em até 90 dias 11 câmeras para monitorar pontos estratégicos de entradas e saídas do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital, além de todo o entorno da área verde de 1,5 quilômetros quadrados. Nove equipamentos ficarão em mastros de até 60 metros de altura ou em postes fora do parque, próximos a nove portões. Dois estarão no topo dos prédios do antigo Detran (futuro Museu de Arte Contemporânea) e Bienal.

A empresa ganhadora da licitação é subsidiária da Telefônica. Ela já foi contratada e tem de entregar tudo pronto em até três meses. O anúncio foi feito quarta-feira, em reunião do Conselho Gestor do Parque do Ibirapuera (CGPI), convocada pelo secretário Municipal de Segurança Urbana, Edson Ortega.

A administração municipal optou por usar poucas câmeras e distribuí-las quase todas fora da área do Ibirapuera. “Experiências no mundo todo mostraram que frequentadores de parques têm de ter a privacidade preservada”, explicou Ortega. “Administrações de parques de Madri, Nova York, Londres e Moscou, por exemplo, tiveram muitos problemas de invasão de privacidade”, disse.

Segundo o secretário, trata-se de câmeras especiais, de altíssimo alcance, com capacidade para visualizar imagens até 2 mil metros de distância, com zoom também de 2 mil metros que permite identificar até a placa de veículos. O equipamento tem giro de 360 graus. Permite ainda a instalação de sistema de áudio.
“Inteligentes, não precisam que um operador fique de olho nas telas de monitoramento.

O sistema funciona automaticamente por parâmetros, ou seja, qualquer anomalia naquele trecho, a câmera é programada para detectá-la. Uma vez ocorrido o fato, ela lança um alarme para a central, que visualiza o problema e, se preciso, aciona a base automaticamente.”

As imagens serão transmitidas do parque para a central de telecomunicações e de vídeo monitoramento da secretaria, responsável pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), que faz o patrulhamento do Ibirapuera com uma empresa privada de vigilância. Quando houver necessidade e caso queiram, as Polícias Militar e Civil também poderão operar as câmeras.

Haverá placas nos trechos que estarão sendo monitorados pelos equipamentos. Segundo Ortega, a Prefeitura não adquiriu os equipamentos, mas vai pagar pela compra das imagens captadas. “Não teremos de fazer a instalação ou energizar. Serão trocadas se um raio cair em cima e se decidirmos que os locais terão de ser mudados. Isso nos dá mobilidade de mudar e acrescentar, se necessário”, afirmou.

Ficou de fora do alcance das lentes a pista de cooper, por ter árvores que impossibilitam a colocação dos equipamentos. A administração estuda a extensão do monitoramento para a Praça da Paz e área da Marquise, onde costuma ocorrer encontros de adolescentes e jovens nos finais de semana, alguns com ingestão de refrigerantes com bebidas alcoólicas.

O autorama, conhecido ponto de encontro sexual de casais homossexuais na madrugada – além de ser área identificada pela polícia onde se pratica crime de pedofilia –, será visualizado em parte por duas câmeras: uma no topo do antigo Detran e outra nas proximidades dos portões 3 e 4.

Presidente do Conselho de Segurança (Conseg) da Vila Mariana, Douglas Melhem, sugeriu que as imagens sejam anexadas no distrito policial a ocorrências policiais que eventualmente aconteçam. “Consolida a prova de quem praticou o ilícito.”

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