sexta-feira, 10 de junho de 2011

Guarda Municipal de Belo Horizonte vai usar armas a partir de julho

Apenas 350 agentes terão permissão
para portar revólveres e pistolas


Até 15 de julho, após mais de oito anos de expectativa, os
guardas municipais de Belo Horizonte (MG) terão permissão
de portar armas de fogo. São 300 revólveres calibre 38 e 50
pistolas 380 para ajudar na proteção e segurança.

O porte de arma já está em fase de confecção, segundo o
comandante da corporação, coronel Ricardo Belione. Do total
de 1.800 guardas, cerca de dois terços (1.200) estão
aptos a atuar armados.

Eles já receberam treinamento da Polícia Militar, se
submeteram a testes psicológicos, investigação social e
curso de tiro, requisitos do Estatuto do Desarmamento.
No entanto, apenas 350 deles – os que atuam em postos
de saúde e escolas em áreas mais críticas – portarão
revólveres e pistolas semiautomáticas.

O armamento a ser usado pela Guarda, incluindo 13.382
munições, foi comprado em 2006, ao custo de R$ 900 mil,
e está sob a responsabilidade da Polícia Militar em um
batalhão, que não foi divulgado.

O comandante também revelou que a corporação receberá
500 tasers (armas de choque não letais), fruto de um
convênio com o Ministério da Justiça. A arma é a mesma
a ser usada pela Guarda Municipal de Uberaba, no
Triângulo Mineiro.

Entretanto, a Polícia Federal em Minas informou que ainda
não concedeu autorização para a Guarda Municipal de
Belo Horizonte atuar armada. Para que isso ocorra, o
município precisa comprovar que atendeu todas as
exigências previstas em um convênio entre a corporação
e a prefeitura. Entre eles, o teste de aptidão e de
psicotécnico. Mas a documentação ainda não chegou
à Polícia Federal.

No início da noite da quinta-feira (2), cerca de 60
guardas municipais fizeram um protesto pela concessão
do porte de arma diante da sede da corporação, na
avenida dos Andradas. Um ataque a uma viatura motivou
a manifestação. O veículo foi atingido por tiros no Bairro
1º de Maio, Região Norte da capital. Quatro guardas
municipais que estavam no local no momento do
ataque não ficaram feridos.

Belione avaliou que houve precipitação dos manifestantes,
uma vez que o processo de concessão de porte está na
fase final. O comandante informou que todos os participantes
do movimento serão alvo de processos administrativos

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