Autor: Wagner Pereira
criminalidade temos a sensação de
estar em outra cidade, estado e país,
ou se a imprensa possui uma criatividade
além do comum em produzir matérias
que demonstram que a segurança
pública nacional esteja sepultada.
Nem digerimos o descaso com as policiais civis, retratado
na matéria “Fantástico flagra o descaso nas
delegacias brasileira”, somos surpreendidos com a matéria
de estradas do país”, ambas transmitidas no
programa Fantástico da Rede Globo.
Cenas vexatórias de um estado enfraquecido, em
que agentes policiais se corrompem por apenas
R$ 15,00 ou a tolerância promiscua difundida por
oficiais para com os parceiros políticos.
Ao invés de se promover ações austeras para o
banimento de episódios dessa natureza, esse
estado demonstra sua lisura do poder de império ao
demitir o agente que mostra a ferida fétida,
porém espetacular da pirotecnia televisa, em que
a imagem é tudo e serve de promoção aos
programas de governos, numa firula
que nada resolve.
Os investimentos na segurança pública estão
aquém do mínimo exigido para manutenção
apenas do que existe, sendo preocupante a
divulgação que foram aplicados somente
metade dos recursos previstos, conforme
matérias “União gastou só 56% da verba da
gastos com segurança”, publicadas no Portal
Estadão, baseadas nos dados contidos no Anuário
Curiosamente, o Estado do Rio de Janeiro foi o que
mais recebeu repasse de verbas federais do Programa
Nacional de Segurança Pública – PRONASCI, segundo a
matéria “Governo admite rever gastos com PRONASCI”,
do Portal Estadão.
No Estado de São Paulo a situação não é diferente,
pois o número de exonerações a pedido na Policia
Civil e Guarda Civil Metropolitana são preocupantes e
despertando o interesse do Jornal Agora SP que abordou
o tema nas matérias “Polícia Civil de SP perde um Delegado
desliga do cargo”, que tem ocasionado a inserção da
Policia Militar nas atribuições dessas Corporações, seja na
elaboração de boletins de ocorrência ou na atividade
delegada, conhecida como “bico oficial”.
Não adianta criar um sistema nacional de informação
se não ocorrer investimentos na valorização profissional
com salários dignos, planos de carreira dinâmicos,
equipamentos e instalações, o resto não passa de firula.
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