Autor: Wagner Pereira
Cidade de São Paulo tornam-se cada
vez mais difíceis de solução devido a
ausência de políticas públicas
voltadas para o enfrentamento permanente
da violência.
Há uma gama de idéias que são aplicadas
periodicamente que tem formato de política
pública de segurança, mas com o tempo observamos que nada
mais eram que um paliativo simplório de política de governo,
que são extirpados a cada nova Administração eleita.
Ao ingressar na Guarda Civil Metropolitana em 1992, o
quadro era bem diferente, caminhávamos para a democratização
do Estado, sendo que a Corporação era forjada sobre a égide
de uma filosofia humanista e de aproximação com a população.
No ano seguinte essa filosofia foi deixada de lado para a
implementação do combate efetivo e ostensivo ao crime,
direcionando a Corporação para criação de grupamentos
especializados para atuação em determinado seguimento
de proteção ao cidadão.
De 2002 à 2004, a Corporação sofreu suas mais profundas
transformações ocorrendo a substituição do enfrentamento
para o policiamento comunitário e inserção na fiscalização
do comércio ambulante, ocorrendo diversos investimentos
em equipamentos e concursos para o aumento do efetivo,
além de um novo plano de carreira, ocorrendo uma
reestruturação operacional e administrativa, ensejando a
criação de uma secretaria voltada a segurança urbana,
subdividida em Centro de Formação, Comando
Geral, Corregedoria e Administração/Finanças.
À partir de 2005, ocorre nova reestruturação com a extinção
da secretaria que foi substituída por uma coordenação,
o policiamento comunitário é reformulado e as atribuições
da Corporação são divididas em programas prioritários,
a comunicação passa ser desenvolvida em conjunto com
a Polícia Militar do Estado São Paulo, principalmente
com a criação da central de monitoramento, sendo que a
maioria das ações são celebradas através de convênio,
sendo o de maior repercussão o da atividade delegada.
Embora, muitos acreditam ser precoce abrir discussões neste
momento para 2012, ouso divergir, pois estamos atrasados,
deveríamos ter projetos para 2014 e 2016, devido aos eventos
mundiais da Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas, mas
temos que nos antever e trabalharmos para a construção
de projetos que atendam a demanda não só da metrópole
como os anseios da própria Corporação.
Nas urnas há uma polarização entre PT e PSDB, nesses
casos dificilmente teremos candidatos novos para o
executivo municipal, não sendo surpresa uma nova edição do
embate de 2004 entre Marta Suplicy e José Serra, que
ocorrendo pouco mudará os rumos da segurança urbana.
Não basta acreditar em candidatos em potencial como o
Gabriel Chalita, Deputado mais votado em São Paulo, (Tiririca
é café com leite, não conta), Netinho de Paula que teve ótimo
desempenho na candidatura ao Senado, Celso Russomano
e Paulo Skaf que tiveram desempenho regular em suas
candidaturas ao Governo do Estado possam ter êxito nas
urnas, pois temos que discutir suas propostas de política de
governo que possam ensejar políticas públicas permanentes
de combate a violência.
Entretanto:
- Quais são nossas propostas?
- O que precisamos mudar?
Não podemos ficar a mercê de políticos, temos que criar
um fórum permanente de discussão que envolva as principais
lideranças da Corporação com participação livre do efetivo,
entretanto não há qualquer sinalização nesse sentido, o
que dificulta qualquer ação corporativa.
Talvez isso mude um dia.....
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