quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tapete vermelho para a Polícia sergipana


(*Archimedes Marques)

O atentado ao desembargador e presidente do Tribunal Regional Eleitoral de
Sergipe, Luiz Mendonça, ocorrido na quarta-feira 18 de agosto passado, na
Avenida Rio Branco, quando o carro do Tribunal de Justiça em que estava
aquela autoridade fora alvejado por mais de 30 tiros, oportunidade em que
o seu motorista, o cabo da polícia militar Jailton, foi gravemente ferido com
um tiro na cabeça, enquanto que, o desembargador-alvo do arquitetado e
pretendido crime de homicídio saiu ileso como por verdadeiro milagre, trouxe
comoção de toda a população sergipana e além fronteiras, mobilizou e colocou
em xeque a segurança pública do nosso Estado.

O elevado grau de indignação e insatisfação da sociedade sergipana que
aterrorizada temia que o crime ficasse no rol dos insolúveis devido a extrema
ousadia com que fora perpetrado em uma das mais movimentadas avenidas
da nossa Aracaju, gerou protestos dos três poderes em busca de justiça, pois
além de tudo a ordem do país fora ferida com a brutal tentativa de morte de
um respeitado homem público, desembargador do nosso Tribunal de Justiça,
ocupando o cargo de Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, cidadão que
hoje pode dizer com orgulho que nasceu novamente, que realmente é um
homem iluminado e protegido do Supremo Criador.

A cobrança era efetiva por parte de todos, principalmente por parte do
governador Marcelo Deda que determinou apuração rigorosa ao secretário da
segurança pública, delegado João Eloi e ao superintendente da polícia civil,
delegado João Batista, vez que, além de tudo, o clamor publico temia para
mais uma possível carreada de impunidade que sempre sistematiza todo o
contexto de crime equivalente no nosso país.

O atentado ao desembargador Luiz Mendonça foi considerado um crime
tão chocante, que fez rever a segurança do judiciário brasileiro e foi alvo de
duras criticas por parte do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ricardo
Lewandowski, que foi enfático ao afirmar que os juízes estão desprotegidos e
que novas medidas de segurança devem ser tomadas. Chegou ele a eleger
o 18 de agosto de Sergipe como sendo para a magistratura nacional o dia
corresponde ao simbolismo e a conseqüência do 11 de setembro para os
norte-americanos, ou seja, o ataque terrorista às Torres Gêmeas, em Nova
York. Até a transferência da investigação quiseram passar para a polícia
federal alegando-se a possibilidade de crime eleitoral, mas o caso ficou mesmo
a cargo da nossa policia civil por demonstrar ser crime comum.

No estudo das várias vertentes que foram amplamente investigadas a polícia
também trabalhou na hipótese do crime ter ligação com Floro Calheiros
Barbosa, foragido da Justiça, vez que desde algum tempo atrás surgiu o
boato de que o mesmo teria uma lista de autoridades sergipanas que estariam
marcadas para morrer, dentre as quais, o desembargador Luiz Mendonça.

A cúpula da Secretaria da Segurança Pública responsavelmente e
inteligentemente transformou
a investigação em uma dose maciça de
substancial energia através do trabalho em equipe fechada para o objetivo de
uma elucidação perfeita, composta pelo COPE (Centro de Operações Policiais
Especiais) tendo no seu comando o competente delegado Thiago Leandro,
assim como da DIPOL (Divisão de Inteligência e Planejamento Policial) que
tem no seu comando o delegado Gilberto Guimarães, dedicado e não menos
competente profissional, bem como, do apoio operacional dos excelentes
delegados, investigadores natos, Cristiano Barreto e André Baronto (a grata
revelação da nova geração de delegados) que com seus bravos guerreiros
policiais, geraram de tudo uma forte e vitoriosa equipe força-tarefa de absoluto
exemplo de inteligência, luta, determinação e perseverança que dignificou a
nossa polícia judiciária e porque não dizer o próprio Estado de Sergipe.

Com pouco mais de três meses de investigação a policia civil de Sergipe
juntando a sua capacidade técnica, científica e operacional, em magnífica e
majestosa complementação de fechamento do inquérito policial, com 100%
da sua elucidação inequivocamente conclusa, conseguiu prender fora do
Estado quatro pessoas envolvidas no estúpido atentado, quatro pistoleiros
profissionais ligados e contratados pelo foragido da Justiça, agiota Floro
Calheiros, fechando assim, com chave de ouro, essa que pode ser considerada
como das mais brilhantes investigações já efetuada pela policia sergipana,
igualando-se até mesmo à investigação do homicídio do deputado Joaldo
Barbosa.

A prisão do mandante desse ousado crime e de tantos outros, o famigerado
Floro Calheiros, agora é só uma questão de tempo, vez que, se o mesmo já
estava sendo muito procurado, mais procurado ainda está a partir de então.

A Menção Honrosa feita pelo superintendente da policia civil de Sergipe
para os vitoriosos servidores policiais componentes da equipe força-tarefa e
divulgada na mídia também é algo de novo e louvável, nunca dantes visto.
Mostra a magnitude dos seus atos em busca de uma policia de excelência,
cidadã e respeitada por todos.

Assim, merece todo o destaque possível da sociedade sergipana e brasileira
a atuação da minha querida e honrada polícia civil que não deixa nada
a desejar às melhores do país. Merecem o tapete vermelho próprio das
grandes personalidades, o secretário da segurança pública, João Eloi, o
superintendente da polícia civil, João Batista e os citados personagens
delegados a agentes participantes desta grande investigação que tanto
enobrece a polícia judiciária e a segurança pública de Sergipe.

(*Delegado de polícia no Estado de Sergipe.
Gestão Estratégica de Segurança Pública pela
marques@bol.com.br)

Pós-graduado em
UFS. archimedes-

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