domingo, 19 de dezembro de 2010

Calor excessivo pode levar cães à morte


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Se você anda incomodado com o calor lá fora, imagine o seu amigo

de quatro patas com toda aquela camada de pelos? “Os cachorros

não transpiram pela pele como os humanos”, explica o diretor clínico

do Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani. “Eles perdem

calor pela respiração e transpiram pelos coxins plantares

(localizados na sola das patas) e pelas narinas. Como essa

área é muito pequena em relação à extensão do corpo, ela é

insuficiente para manter a temperatura corpórea próxima da

temperatura normal”, explica o diretor clinico do

Hospital Veterinário Pet Care, Marcelo Quinzani.]

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Segundo o médico veterinário, quando o cão é exposto a altas

temperaturas, ou a estresses e atividades intensas em dias muito

quentes, sua temperatura interna pode ultrapassar os 40ºC e é aí

que o cachorro pode apresentar hipertermia, quadro que pode

provocar convulsões, diarréia, vômitos e levar à morte.

Os sintomas da hipertermia são: respiração ofegante, hipersalivação

, temperatura acima de 40°C, mucosas avermelhadas, taquicardia,

arritmias cardíacas, vômitos, muitas vezes com sangue, diarréias

também com sangue, manchas e hematomas dispersos pelo corpo,

alterações mentais, convulsões, tremores musculares, dificuldade de

locomoção e falta de coordenação motora, diminuição ou ausência

da produção de urina, coma e parada cardiorrespiratória.

“A hipertermia é uma condição gravíssima que requer tratamento

médico imediato. Uma vez que os sinais clínicos desse quadro

são identificados, existe um tempo extremamente

curto para ser revertido, diz Quinzani.

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Independente da raça, todos os cães estão predisposto a essa patologia

se submetidos a condições ambientais desfavoráveis de calor e

umidade. Porém, cães com focinhos curtos como bull dog, boxer,

pug, lhasa apso, shi tsu, boston terrier entre outros,

estão mais suscetíveis ao problema. “Anatomicamente já

são desfavorecidos de um aparelho ‘refrigerador’ adequado”,

explica o veterinário.

Emergência: saiba como proceder

Aos primeiros sinais clínicos de hipertermia o animal deve ser

retirado imediatamente do ambiente quente, colocado sob

refrigeração ou ventilação adequada. “Molhar o animal com um

borrifador e toalhas frias também auxilia no processo de refrigeração.

Porém, não se deve submergir o animal em água fria, pois isso

leva a vasoconstrição periférica dificultando ainda mais a dispersão

de calor. É preciso também procurar imediatamente um

médico veterinário”, diz Quinzani.

Confira as dicas preventivas:

1. Evite passeios e esforços físicos em dias quentes e úmidos.

2. Não deixe o animal preso dentro do carro, mesmo

com vidros abertos.

3. Não deixe o animal em ambientes fechados ou sem acesso

à sombra e água fresca.

4. Não dê banhos com água quente e secadores quentes no verão.

5. Não submeta o animal a situações de estresse psicológico

que o deixe ofegante por medo ou insegurança.

6. Evite esforços ou condições desfavoráveis para animais obesos

ou que tenham anatomicamente alguma dificuldade respiratória.

7. Evite a contenção forçada do animal e uso de focinheira em

ambientes quentes e fechados.



Pedro Paulo CANIL GUARDA CIVIL SÃO PAULO

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