Menino de 11 anos tinha 4 pedras de crack



Vizinhos chamaram a Guarda Municipal de Americana para o flagrante; Conselho Tutelar acompanha o caso


Embalagem de confeito apreendida era usada pelo menor para esconder a droga, segundo a Guarda Municipal

Uma criança de 11 anos foi apreendida em Americana, por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas. Moradores do bairro São Jerônimo ficaram inconformados com a idade do garoto que vendia drogas e avisaram a Guarda Municipal. Com ele, os guardas apreenderam R$ 50 em dinheiro e uma embalagem plástica de pastilhas de chocolate com 16 pedras de crack, com 4 gramas.

Depois de flagrado, o menino foi levado ao plantão policial, mas acabou liberado ao Conselho Tutelar para acompanhamento do caso. A criança foi devolvida aos pais e será acompanhada por conselheiros.

O delegado da Dise (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana, Luís Carlos Gazarini, disse que no caso da criança não cabe internação no Naia (Núcleo de Atendimento Integrado de Americana), pois de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), só podem ser custodiados adolescentes com 11 anos, 11 meses e 29 dias ou mais. Caso contrário são considerados como crianças e só podem receber medidas sócio-educativas diferenciadas.

“Casos relacionados com crianças não são considerados como crime e nem mesmo atos infracionais. São atribuídos como casos atípicos”, explicou o delegado.

PROJETO

Gazarini disse também que está em estudo a formulação de um projeto para troca de experiência entre pais de usuários de entorpecentes. “Durante nossa atividade percebemos que cada vez mais cedo crianças e adolescentes estão tendo contato com as drogas. Mas a polícia não tem condições de direcionar o atendimento para esse tipo de situação. Por isso pretendemos fazer um grupo para que pais possam trocar experiências na tentativa de ajudar a resgatar os filhos”, explicou.

Ele disse ainda que alguns pais conseguiram internar filhos em clínicas de recuperação gratuitas. “Dias depois, outro pai me procurou relatando que tinha um filho viciado, mas não tinha condições de pagar. Entramos em contato com o outro pai para tentar fazer a internação da mesma maneira”, completou.

O projeto ainda não tem data para ser implantado, mas Gazarini disse que pretende desenvolvê-lo em breve.

Publicado em http://portal.tododia.uol.com.br/?TodoDia=policia&Materia=432256

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