terça-feira, 26 de outubro de 2010

Curso de Suporte Básico de Vida - Primeira Resposta - Ministrado pelo Sgt do Chips a GCM Pitangueiras/SP

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A pedido do Comandante Geral da Guarda Civil Municipal de Pitangueiras
Sr. Milton Januario da Silva no Interior do Estado de São Paulo na
região de Ribeirão Preto, esteve ministrando voluntariamente sem
cobrar pelas suas aulas nos dias 11 e 12 de Outubro, o GCM Instrutor
Marcio Ribeiro mais conhecido como Sargento do Chips, integrante da
GCM-SP.

O convite se deu pela necessidade de capacitar seu novos integrantes
que a mais de um ano estavam trabalhando sem nenhuma formação
especifica para o trabalho de Guarda Municipal, em atendimento de
primeiros socorros e atendimentos em PCR.

O convite forá enviado inicialmente ao Secretário Municipal de
Segurança Urbana Sr. Edson Ortega, mas ate de 08 de Outubro o mesmo
não tinha respondido a solicitação.

Foram ministradas novas diretrizes pelo Instrutor que teve
especialização na Califórnia (U.S.A.) e Portugal (União Européia),

Ribeiro(GCM) apresenta nova abordagem:

Para RCP e ACE levam como ênfase permanente a RCP de alta qualidade,
alterando a seqüência mundialmente conhecida como A-B-C para C-A-B,
desta forma deve-se alterar a corrente da vida, veja abaixo:


1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do SME-Serviço Medico
Especializado (192SAMU/193Resgate Bombeiros) / 2. RCP precoce, com
ênfase nas compressões torácicas / 3. Rápida desfibrilação / 4.
Suporte avançado de vida eficaz / 5 Cuidados pós-PCR integrados



As novas diretrizes assim como em 2005 abordam as questões do
Socorrista não pertencente a area da Saúde, em seu captulo (Socorrista
Leigo), indicando a RCP somente compressão, alem de eliminar o
procedimento "Ver, ouvir e sentir" para leigos, tambem é indicada a
compressão torácica com no minimo de 100 compressões por minuto.

SBV para Profissionais da área não médica (guardas municipais):

É introduzido a identificação de gasp agônico pelo
atendente/telefonista, e recomendado que o atendente/telefonista
forneça instruções de RCP quando necessario, nessa instrução tambem é
abordado a ênfase nas compressões torácicas, bem como o acionamento do
serviço de emergência, tambem é recomendado a alteração da seguencia
A.B.C para C.A.B, o profissional de saúde tambem não podera checar a
respiração atraves do Ver, ouvir e sentir :

Por que somente compressões:

Em um estudo comparativo no Arizona (U.S.A.) foram obtidos os
seguintes resultados analizando a ressuscitação cardiopulmonar (RCP)
da parada cardíaca fora do hospital realizada por transeuntes, os
pacientes que receberam RCP somente com compressão tiveram maior
incidência de alta hospitalar do que os pacientes que receberam RCP
convencional ou não receberam RCP.

A parada cardíaca fora do hospital é um importante problema de saúde
pública, afetando cerca de 300.000 pessoas nos Estados Unidos
anualmente. Embora as taxas de sobrevivência variarem
consideravelmente, os resultados podem ser melhorados com RCP. Em
2005, um programa estadual foi criada no Arizona, visando melhorar a
incidencia de retorno da PCR com Alta Hospitalar "Esses esforços
incluíram mudanças na abordagem dos cuidados prestados por ambos os
transeuntes e os serviços de médicos de emergência, basearam-se na
crescente evidência em favor de minimizar as interrupções das
compressões torácicas durante a RCP," escrevem os autores. Um esforço
multifacetado, foi lançado para incentivar os transeuntes a realizar a
RCP somente com compressão (RCPSC), pelo fato dessa abordagem ser mais
fácil de ensinar, aprender, memorizar e realizar do que a RCP
convencional com a respiração de resgate, de acordo com a informação
de estudos posteriores.
"No Brasil, o número de internações por infarto no SUS subiram 70%
entre 2000 e 2009, saltando de 40.143 para 68.538. Para evitar a morte
nesses casos, é crucial que a pessoa infartada receba o atendimento
adequado o mais rápido possível."

O Dr. Bentley J. Bobrow, MD, do Departamento de Serviços de Saúde do
Arizona, Phoenix, e colegas estudam se a aprovação generalizada da RCP
somente com compressão para intervenção PCR no adulto estaria
associado com uma maior probabilidade de que os transeuntes realizarem
a RCP e uma maior probabilidade de retorno com alta hospitalar em
comparação com não aplicação da RCP ou ressuscitação
cardiorespiratória convencional. O estudo incluiu pacientes com pelo
menos 18 anos com parada cardíaca fora do hospital entre janeiro de
2005 e dezembro de 2009 no Arizona. Um total de 4.415 adultos com PCR
fora do hospital preencheram todos os critérios de inclusão para
análise, incluindo 2.900 que não receberam RCP (65,7%), 666 que
receberam RCP convencional (15,1%), e 849 que receberam RCP somente
com compressão (19,2%).

Os pesquisadores descobriram que as taxas de sobrevivência à alta
hospitalar foram de 5,2% para o grupo que não recebeu RCP, de 7,8%
para o grupo que recebeu RCP convencional, e de 13,3% para o grupo que
recebeu RCP somente com compressão (RCPSC). A incidencia anual de RCP
realizadas por transeuntes aumentou significativamente ao longo do
tempo, de 28,2% em 2005 para 39,9% em 2009. "Entre os pacientes que
receberam RCP, a proporção de RCP somente com compressão aumentou
significativamente ao longo do tempo, de 19,6% em 2005 para 75,9% em
2009 a sobrevida global também aumentou significativamente ao longo do
tempo de 3,7% em 2005 para 9,8% em 2009" Análises posteriores
indicaram que RCPSC foi associado a cerca de 60% de chances de
sobrevivência em comparação com nenhuma RCP ou a RCP convencional.

Os autores acrescentam que existem várias razões a favor da RCPSC com
relação as vantagens sobre técnicas de RCP convencionais, incluindo a
rápida deterioração do fluxo sanguíneo e perda de perfusão que ocorre
até mesmo durante as breves interrupções das compressões torácicas
para se realizar as ventilações de resgate, pois na RCP convencional
quando alcançamos um bom fluxo sangüíneo realizando as compressões
temos que interremper para realizar as ventilações de resgate, além
complexidade da RCP convencional e o tempo significativo para o
desempenho das ventilações de resgate em relação a importância
fundamental de uma boa perfusão cerebral e coronariana durante a
parada.

Se você quizer saber mais entre no site do Jornal da Associação
Médica-Americana.

http://jama.ama-assn.org/cgi/content/abstract/304/13/1447

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