sexta-feira, 9 de julho de 2010
Centro de Formação da GCM de Fortaleza promove curso de Informática para a comunidade
O Centro de Formação da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza recebeu, na manhã desta terça-feira (6), um público diferente. Doze adolescentes que integram o Protejo - Jovem Cidadão do núcleo Siqueira, do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), iniciaram o curso de Informática Básica sob a tutela dos agentes de defesa civil e dos monitores Carlos Anderson e Ângela Márcia. Era a primeira vez que Francisco Odécio, 25, pegava em um mouse. “Parece mentira, mas tô até tremendo”, contou sorridente. Graziele Alves e Carla Renata, por sua vez, já se mostravam mais acostumadas com o manejo do computador por causa da prática adquirida na escola e nas lan-houses do bairro onde moram.
A aula inaugural deu conta das tarefas mais simples: salvar um documento ou foto, criar uma pasta, apagar arquivos da área de trabalho, entre outras. Os alunos terão ainda 14 encontros onde serão abordados os seguintes temas: conceitos básicos de hardware, pacote office e ferramentas da internet. A agente de defesa civil, Ângela Márcia, conta que o maior interesse dos alunos é a navegação nas redes de relacionamento. “Os alunos estão muito participativos, mas o interesse maior mesmo é ter uma folguinha pra entrar nessas redes. E isso nós também vamos incluir aqui nas oficinas pra ficar algo interessante pra eles”, conta a instrutora.
Além da turma do Siqueira, os adolescentes do núcleo Granja Portugal também iniciaram o curso de informática básica. O curso é uma das etapas do projeto que atende jovens em situação de risco e vulnerabilidade social no Território da Paz, que compreende os bairros Siqueira, Canidezinho, Granja Portugal, Granja Lisboa e Bom Jardim. O Protejo é mais uma ação do Pronasci e consolida-se numa parceria da Guarda Municipal e Defesa Civil de Fortaleza com o Instituto de Estudos, Pesquisas e Projetos da Universidade Estadual do Ceará (Iepro).
Desde janeiro deste ano, a rotina dos 210 jovens selecionados para o projeto vem mudando. No turno contrário ao da escola eles voltam pra sala de aula para mais quatro horas de atividades. De terça à quinta, reunidos em algum local da comunidade, os jovens tem contato com diversas temáticas relacionadas à formação cidadã. Identidades juvenis, educação sexual, meio-ambiente, trabalho, drogas, são alguns dos temas abordados por meio de discussões com as assistentes sociais e educadoras do projeto.
Além das discussões, os alunos tiveram oficinas de break, grafite, serigrafia e audiovisual. A última etapa do projeto, a se realizar de agosto a novembro deste ano, será um momento de maior integração dos jovens na comunidade. Num primeiro momento, eles farão um diagnóstico social do bairro e, posteriormente, atuarão como mobilizadores realizando ações de formação cidadã com os moradores.
A mudança mais perceptível, segundo a assistente social que acompanha o núcleo Siqueira, Hayeska Costa, é na auto-estima dos jovens. “A imagem que eles tinham de si próprios era muito negativa porque alguns são egressos de medidas sócio-educativas e tinham envolvimento com drogas. A comunidade também tinha uma referência muito ruim neles. Depois que entraram no Protejo, isso vem mudando visivelmente”, conta.
Publicado em http://www.fortaleza.ce.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=13807&Itemid=78
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