Prefeitura de São Bernardo terá de pagar salários
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A juíza Silvia Cristina Martins Kyriakakis, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, decidiu dar ganho de causa aos trabalhadores da Guarda Civil Municipal de São Bernardo em ação pelo pagamento dos salários atrasados referentes à greve de 31 dias realizada em 2007, durante o governo de William Dib (PSB, 2002-2008).
A juíza Silvia Cristina Martins Kyriakakis, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, decidiu dar ganho de causa aos trabalhadores da Guarda Civil Municipal de São Bernardo em ação pelo pagamento dos salários atrasados referentes à greve de 31 dias realizada em 2007, durante o governo de William Dib (PSB, 2002-2008).
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O resultado, publicado nesta semana, aponta ainda que a Prefeitura terá de acatar e fazer valer itens da pauta de reivindicação dos guardas como reajuste salarial de 8% para os guardas de terceira classe, pagamento de vale-transporte e reajuste do vale-alimentação para R$ 8 diários – reajustes retroativos para o período entre 1o de julho de 2007 e 24 de novembro de 2008.
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O não-cumprimento da decisão acarretará em multa diária de R$ 1 mil à Prefeitura.
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Embora a decisão tenha sido comemorada pelos guardas que participaram da greve, ainda cabe recurso da Prefeitura – que deve buscar anular a sentença, adiar ou parcelar os pagamentos alegando dificuldades financeiras.
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A sentença da Justiça chega em momento delicado do relacionamento entre servidores e a administração de Luiz Marinho (PT), graças à oferta de 0% de reajuste salarial para a categoria feita pelo governo. Pesa também a não-reintegração por parte da Administração dos guardas demitidos ilegalmente durante a greve, como retaliação do antigo governo ao movimento de greve.
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As reintegrações à tropa têm ocorrido apenas por força de decisão judicial, individualmente.A greve de 2007 durou 31 dias e acumulou episódios traumáticos para a GCM: o estopim da paralisação foi a atitude do antigo comando da corporação em relação ao protesto de um guarda que se acorrentou na bandeira do Brasil do Paço Municipal e ameaçou cometer suicídio caso o assédio moral contra ele não cessasse. Instruído a encerrar o protesto, que ganhou a atenção da imprensa, um funcionário de confiança do ex-comandante Antônio Branco se jogou sobre o GCM e causou o disparo de dois tiros da arma, que não atingiram ninguém. A partir daí, uma agenda de manifestações de rua, acampamentos e até greve de fome para forçar a Prefeitura a negociar foi desencadeada, sem sucesso: Dib nunca se dignou a atender os trabalhadores.
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Fonte: Blog Amigos da Guarda Civil
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