Quem disse que a Guarda Municipal não faz falta? Associação de lojistas diz que criminalidade cresce na 25 de Março com a diminuição do efetivo da GCM



Há três meses, assaltos e furtos a clientes voltaram a se tornar frequentes na Rua 25 de Março, o principal ponto de comércio popular da capital paulista. Levantamento da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco) aponta que ocorrem, em média, 15 furtos por dia na região. Comerciantes e entregadores de carga são abordados na porta de bancos ou de lojas em ações de quadrilhas especializadas. Polícias Militar e Civil, no entanto, negam crescimento dos índices de criminalidade e afirmam que as rondas, fiscalizações, apreensões de mercadorias ilegais e prisões de bandidos são frequentes na área.
A insegurança teria sido agravada, segundo a entidade, após a redução do número de policiais e de guardas-civis metropolitanos (GCM), deslocados para patrulhar outras áreas. Com menos repressão, camelôs irregulares que haviam deixado o local no ano passado voltaram a lotar calçadas e ruas. Hoje, estima-se que existam mil ambulantes espalhados pela região. Só na Rua 25 de Março são 400. Autorizados pela Prefeitura, no entanto, são 74.
A concentração dos camelôs facilita a ação das gangues, que acabam passando despercebidas na multidão. Transportadoras de cargas, segundo a Univinco, já não querem mais entregar mercadorias na região. “Embora o 1º DP (Sé) diga não haver estatística específica sobre esse tipo de delito na 25 de Março, sabemos que o número é muito maior do que o estimado por nós. A maioria das pessoas nem registra boletim de ocorrência porque é de fora da capital e do Estado. Só percebe que foi roubada quando retorna”, afirma uma integrante da associação, que teme se identificar e sofrer represálias de ambulantes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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